Boo Mesquita

Geek de carteirinha e cinéfila, ama assistir a filmes e séries, ir a shows, ler livros e jogar, sejam games no ps4 ou boards. Quando não está escrevendo, pode ser vista fazendo pole dance, comendo fora ou brincando com cachorrinhos. Me siga no Instagram!

5 thoughts on “Me Chame Pelo Seu Nome | Beleza e polêmica na corrida ao Oscar 2018

  • 19 Fevereiro, 2018 at 11:51
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    Mais um belo e bem escrito texto da página, parabéns!!

    Eu teria amado o filme por tudo o que vc mencionou, mas em especial pelo lado poético com belas fotografias e o erotismo sutil em cada cena. Mas , devido a minha criação rígida, e minhas ideologias, foi difícil não me incomodar a cada instante com a diferença entre idade dos personagens.

    Apenas depois de todo o alvoroço vim saber que um tinha 24 e o outro 17, mas desde o inicio o de 24 me pareceu bemmm mais velho (até mais que a real idade -31), talvez toda esta minha trava.

    Talvez eu seja sim um quadrado, e diferente do que você escreve, quando se comparado as idades eu não acredito que cada caso é um caso e eles precisam ser analisados.

    (amei uma menina que aos 13 (se achava super madura) saia com caras com mais de 20 e até 30. Ainda hj somos amigos (ela tem 36), e ela fala das sequelas que ficaram.

    Como já mencionado, devido a criação, eu fui uma criança, um jovem e, consequentemente, um adulto que nunca vive a idade real, ou seja, fui o que os jovens costumam dizer: muito “maduro” para minha idade.

    Hoje, aos 40, percebo sim que ter mais idade não significa que a pessoa seja mais madura. Algumas preferem não crescer… Mas daí, bastar sondarmos um pouco o seu intimo e vemos que, em geral, há considerável desordem emocional. Pois, para mim, o avançar da idade só nos serve para isso, para de fato a amadurecermos.

    A todo momento a vida nos prega peças que nos obriga a isso. E é pensando nisso que eu acredito que por mais maduro que um jovem seja, por lógica da vida, há coisas que ele ainda não entende.

    Por mais sofrível que tenha sido uma infância, ainda quando jovens (em geral) queremos impor de todo o modo o nosso ponto de vista. Fator este que com a idade, quando maduros na essência do termo, não mais perdemos tempo com isso. (Um dos exemplos sobre maturidade).

    Enfim, e sei lá, mas este foi o ponto mais forte do filme que me desconsertou.

    Outra coisa.
    No início, a maturidade – e cumplicidade- dos pais ao perceberem a futura relação (e de certa forma até induzi-la) tbm me incomodou muito, mas o diálogo final do pai e filho, me arrebatou. Que linda visão.

    Este é o tipo de pai que eu gostaria de ser: deixar meu filho aprender com as suas experiências.

    Assistirei novamente agora com novo olhar. Mas a idade tenho certeza que ainda será o meu “tabu”. rs

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    • 23 Fevereiro, 2018 at 11:45
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      Alan, por aqui gostamos muito das suas colaborações nos comentários! E gostei muito desse seu “textão”, obrigada por compartilhar com a gente sua visão e suas experiências! ^^

      Assim como você, assisti a Me Chame Pelo Seu Nome pela primeira vez sem saber que era sobre o envolvimento de um adolescente de 17 anos com um jovem adulto de 24 anos, porque de fato o Armie Hammer parece ter bem mais que sua idade real, que é 31 anos. Então, eu também fiquei com uma sensação incômoda, porque de cara eu gostei muito do filme, mas não conseguia “aprovar” esse relacionamento. Depois que descobri que no livro e no roteiro a diferença de idade deveria ser de 7 anos fiquei mais tranquila, mas continuo buscando o motivo disso, já que, por exemplo, a diferença de idade entre meus pais é de 10 anos rs.

      Seria isso uma visão quadrada de mundo? Teria um adolescente de 17 anos maturidade o suficiente para se envolver com um adulto 7 anos mais velho? Se Elio tivesse 18 anos (apenas um ano a mais, mas que já é considerado adulto para nosso mundo) esse impasse seria resolvido? Eu não sei. Mas só sei que assistindo ao filme novamente não consigo deixar de me emocionar e me sensibilizar com a beleza e sensualidade da efemeridade de um amor de verão <3

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  • 28 Fevereiro, 2018 at 11:35
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    A questão da idade me incomodou inclusive no livro. Não acho que “fazer um aniversário” faça a maturidade surgir da noite para o dia, não me baseio em questões legais, até porque nem tudo o que é legal é moral e ético, como você mesma disse.
    E não só a aparência dos atores – Elio parece ter 14 ou 15, enquanto Oliver parece ter mais que o dobro – mas as próprias experiências vivenciadas por Elio o mostram como um adolescente descobrindo a própria sexualidade. Enquanto Oliver conhece bem os próprios desejos a ponto de, em um momento que considero crucial para falar de seu caráter, dizer a Chiara para saírem mais tarde se ela prometer “que vai acontecer”.
    Não vejo o relacionamento como predatório, mas não o vejo como saudável também.

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  • 11 Março, 2018 at 21:26
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    Hoje sou tranquilamente (tenho me aceitado) gay mas meu processo de descoberta (quando realmente me caiu a ficha de que sou gay de fato) foi bem parecido com o filme: com um homem mais velho. No filme os dois protagonistas mantêm uma relação hiper masculina: parecem dois melhores amigos homens que deixam os instintos falarem mais alto e acabam se apaixonando. É muito diferente do que vemos no cotidiano, pois estamos usualmente acostumados (de forma estereotipada) a ver o gay como sendo um ser mais feminino, inclusive nas próprias relações afetivas.

    Eu passei pelo mesmo processo do Elio, de não saber exatamente do que gostava, namorei garotas mas sem nunca conseguir me apaixonar. Até que eu me apaixonei por um homem mais velho do que eu, e foi aí que eu entendi que era gay, eu tinha me apaixonado pela primeira vez em um longo tempo de minha vida.

    Mas tem um problema sério no filme: O Oliver entende muito mais sobre a vida do que o Elio, inclusive do ponto de vista sexual. O Elio mesmo tendo 17, ele ainda é emocionalmente uma criança que não entende bem o que está acontecendo.

    Isso aconteceu comigo também, eu aprendi bastante coisa com essa relação que tive com um homem mais velho, amadureci, mas em contrapartida fiquei com muitas sequelas. A cena final do final filme com o Elio chorando na lareira não indica que a relação foi algo 100% positivo, e que deixou um pouco de tristeza dentro dele.

    Por sorte Elio pôde conversar com seu pai (melhor cena do filme). No meu caso eu nunca tive essa abertura de conversar com minha família, de maneira que ainda carrego um peso muito grande em minhas costas por conta do que aconteceu no meu passado.

    Fiquei sabendo que eles pretendem continuar o filme, fico curioso pra saber o que vai acontecer ao Elio, será que eles se tornará alguém sempre abalado por esta relação?

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  • 11 Julho, 2018 at 15:26
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    “Me Chame …” é uma lindíssima história de amor. e histórias de amor, como o amor em si, não carecem explicação.

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