Black Museum | A queda de Lúcifer, Banalidade do Mal e Sociedade do Espetáculo [Explicação]

Black Museum é um episódio bastante ousado, que fecha a quarta temporada de Black Mirror fazendo uma reverência à sua antologia e a tudo que a série construiu até aqui.

O episódio nos apresenta três diferentes contos, narrados pelo dono de um museu de horrores à beira da estrada chamado Rolo Haynes. O personagem, interpretado por Douglas Hodge em uma das melhores atuações da série até o momento, é o elemento central do episódio, que conecta os três contos e nos leva gradualmente a vivenciar o horror sádico de sua personalidade. Vamos passar pela figura de Haynes em detalhe e pela narrativa dos três contos ao longo desta resenha.

Pela primeira vez a série faz algo bastante ousado: referenciar explicitamente acontecimentos de episódios anteriores, dando a entender que existe, de fato, um universo compartilhado de Black Mirror. Pelo depoimento de Charlie Brooker em sua entrevista para a Netflix, sua intenção sempre foi tratar cada episódio como uma narrativa totalmente isolada das demais. Apenas em Black Museum resolveu experimentar com uma história que se passa em um universo expandido da série.

 

 

Eu pessoalmente não curto a ideia de um universo compartilhado. A tentativa de amarrar todas narrativas em uma mesma linha temporal pode acabar limitando os roteiros dos próximos episódios, por isso o depoimento de Brooker me tranquiliza.

De qualquer forma, não ganhamos nada sendo fãs chatos, então lhes convido a entrar na onda de Black Museum e toda sua profundidade.

Como diria Rolo Haynes, o Black Museum não é para quem tem coração fraco.

 

Black Museum

 

black miror - black museum - divulgação

 

A inspiração para o episódio muito provavelmente veio do Museu do Crime da Scotland Yard, que assim como no episódio também é chamado de Black Museum. O Museu, situado na sede da instituição em Londres, existe desde 1874 e exibe uma vasta coleção de recordações criminais. O objetivo inicial da exibição, de acordo com a Scotland Yard, seria dar instruções práticas a políciais sobre como detectar e previnir crimes.

Obviamente Black Mirror fez o que faz de melhor e transformou o conceito em algo muito mais mindfuck e aterrorizante. Afinal, duvido muito que na sede da Scotland Yard tenha um prisioneiro holográfico sofrendo punições eternas.

Algumas pessoas interpretaram o nome Black Museum como uma explícita referência racial. E faz total sentido, considerando que a principal atração do empreendimento de Rolo Haynes é o sofrimento de Clayton Leigh pelas mãos dos visitantes do Museu, em êxtase ao puxar a alavanca que reencena sua morte por eletrocussão. A analogia é bastante pertinente, considerando todo o histórico de sofrimento negro para entretenimento de camadas privilegiadas e a situação do sistema carcerário americano , que condena muito mais negros do que brancos.

Não entraremos especificamente nessas questões neste review, mas para os interessados aqui tem um bom texto da Vice sobre o tema.

Afora a questão racial, uma primeira interpretação sobre a existência do Black Museum de Rolo Haynes poderia ser a de que a humanidade venceu. A evolução tecnológica teria dado certo e proporcionado um mundo melhor e mais justo para todos e a simples existência do Black Museum seria a prova disso. Afinal, os “crimes tecnológicos” exibidos nos cafundós do deserto seriam as exceções pitorescas ao bom uso da tecnologia no estado normal do mundo. Nos passa a ideia de que os episódios de Black Mirror até então seriam realmente as histórias mais surreais e extremas sobre o mau uso da tecnologia, onde a regra seria seu uso de uma forma ética e moral.

O Black Museum seria portanto um local onde todo o mal estaria confinado, ou seja, o próprio inferno. E a analogia fica completa quando consideramos sua atração principal, o sofrimento eterno de uma alma.

Mas se o Black Museum é o inferno, Rolo Haynes seria…

 

A queda de Lúcifer

 

Black Mirror - Black Museum - Rolo Haynes e Nish

 

De acordo com a mitologia cristã, o inferno foi criado após a queda do anjo Lúcifer do Céu, expulso por ter pecado. Lúcifer teria sido corrompido por seu próprio ego, ao deixar que sua imponente beleza e alta posição na hierarquia celeste o fizesse se sentir acima de Deus. Durante a criação dos homens, Lúcifer teria recusado o pedido de Deus de louvar estas novas criaturas, feitas a partir de sua imagem e semelhança, por se considerar superior.

A analogia de Rolo Haynes como o próprio Diabo vai ficando cada vez mais explícita ao longo do episódio, desde a sutileza de sua gravata vermelha à própria cena em que vai a penitenciária conversar com Clayton Leigh. Na cena, Haynes o convence a assinar um contrato que cede os direitos de sua versão digital, o equivalente a vender sua alma. E a mulher de Leigh ainda o alerta explicitamente: “Mas Clay, é a sua alma!”.

A princípio somos levados a acreditar que a TCKR, empresa na qual Rolo Haynes trabalha, representa todo o mal no universo de Black Mirror, pois é a grande responsável pelas invenções tecnológicas que Haynes oferece a seus clientes. Estas invenções são a própria tentação de Satanás aos humanos, a medida em que forçam os personagens a cometerem pecados, quebrando regras morais ou da natureza para obter vantagens.

 

black mirror - black museum - aparelho neurológico - médico peter dawson

 

No primeiro conto, temos o médico Peter Dawson (Daniel Lapaine) obtendo enorme prazer, ainda que através da dor dos outros. No segundo, a mãe Carrie (Alexandra Roach) continua vivenciando o amor pelo seu filho após sua própria morte, ainda que isso possa ferir a privacidade de seu marido em vida. E no terceiro, o suspeito de assassinato Leigh (Babs Olusanmokun) tem a chance de garantir uma boa vida à sua família após sua execução, ainda que abra mão dos direitos de sua “alma”. Os três personagens, portanto, tentam obter vantagens através dos atalhos oferecidos por Haynes.

A TCKR, no entanto, expulsa Haynes da empresa após descobrir que ele colocou a consciência de Carrie em um macaco de pelúcia. Se no início acreditávamos que a TCKR era a responsável pelo mal neste mundo, o cenário agora muda. Parece que a empresa não admite o comportamento antiético e o uso imoral de suas criações tecnológicas. Haynes não trabalha mais então para “os caras no topo”, como se expressa quando explica seu trabalho no último andar do “hospital tecnológico” St. Juniper. Estas e outras evidências, nos levam a crer que nesta parábola, a TCKR é Deus.

 

Black Mirror - Black Museum - Hospital St. Juniper

 

Arthur C. Clarke, escritor e inventor britânico, possui uma célebre frase: “qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia”.

Tanto a “magia” quanto a religião operam a partir do conceito de que não há explicação lógica para seus fenômenos, simplesmente é preciso ter fé. A tecnologia por sua vez, apesar de ser passível de explicação, quanto mais avança menos nos deixa capazes de entender e explicar seu funcionamento. Passa a ser cada vez mais indistinguível da magia e somos forçados a apenas confiar e ter fé em seu funcionamento. Em um contexto de tecnologia extremamente avançada como em Black Mirror, as criações da TCKR ficam indistinguíveis da magia, assim como as obras de Deus.

Interessante lembrar também que no episódio San Junipero, a TCKR é também a empresa responsável pela criação da tecnologia de upload de consciência e de sua versão do “paraíso”. Em San Junipero, as pessoas aceitam a morte na vida terrena para viver eternamente uma existência prazerosa e nostálgica.

Existe algo mais Black Mirror do que a figura de Deus representada por uma entidade tecnológica e a figura de Satanás representada por uma entidade humana?

 

Black Mirror - Black Museum - TCKR San Junipero

 

Indo ainda mais longe, conseguimos traçar um paralelo entre Clayton e Jesus, como aquele que recebe a pena de morte mesmo sendo inocente, e o martírio eterno para poupar a humanidade (na metáfora, sua família) do sofrimento. O sofrimento eterno de Clayton, que todos os visitantes do Black Museum podem levar como souvenir, não é nada diferente dos terços e crucifixos com a imagem do sofrimento de Jesus na cruz que carregamos conosco.

 

Black Mirror - Comparação chaveiro Clayton Leigh com crucifixo Jesus

 

Voltando à parábola apresentada no episódio, vemos que a missão de Nish (Letitia Wright) é nada mais nada menos que adentrar o inferno e matar o Diabo. A estratégia de Nish é hackear o ar-condicionado, deixando o ambiente exageradamente quente (afinal é um museu no meio do deserto) para que Haynes peça um pouco de sua água. Ao longo do episódio, a temperatura no Black Museum aumenta. A proximidade com a temperatura do inferno gradualmente faz com que Haynes mostre sua verdadeira forma diabólica: uma criatura impaciente e totalmente sádica. Uma verdadeira transformação em relação ao simpático proprietário e anfitrião do museu no início do episódio. E é quando a atuação de Douglas Hodge realmente brilha.

Ironicamente, Nish faz o próprio Satanás passar calor e se despede queimando o Inferno. Com a ajuda da tecnologia, que o episódio e a TCKR nos levam a acreditar que é algo divino quando usado eticamente, Nish tem sua vitória final sobre Satanás.

Com isso, Black Museum nos deixa com a pergunta final: matando o Diabo e acabando com o Inferno, o Mal estará extinto do mundo?

 

A banalidade do mal

 

black mirror - black museum - a banalidade do mal

 

Black Mirror vem nos ensinando desde o início, através de sua principal crítica, que o mal estaria dentro de nós mesmos.

Ao longo da série, no entanto, vemos que a questão do mal não é tão simples assim, e é praticado muitas vezes sem uma intenção maligna.

A filosofia de Aristóteles em Ética a Nicômaco, por exemplo, nos apresenta três diferentes aspectos da maldade: a bestialidade, a incontinência e a malícia. A maldade aplicada a partir da bestialidade teria menos culpa envolvida, já que vem da manifestação de uma natureza animal e não possui a inteligência humana para autojulgamento de sua ética. Já a maldade oriunda da incontinência seria um pouco mais grave, já que ainda que não ocorra a vontade explícita, o sujeito não consegue aplicar sua inteligência para frear o comportamento agressivo. Por último, a malícia seria o mal com mais culpa envolvida, sendo o pecado cometido de forma premeditada, arquitetada, com o uso da inteligência humana a serviço da maldade.

Enquanto Rolo Haynes age de forma premeditada e maliciosa durante as três histórias, nas duas primeiras temos bons exemplos da ação do mal sem dolo ou intenção. O médico Dawson, por exemplo,  chega ao estágio bestial, ao causar mal a um morador de rua sem conseguir racionalizar seu comportamento. Já Carrie, na segunda história, acaba por causar mal por não conseguir conter sua vontade de acompanhar a vida de seu filho e acabar se intrometendo na vida amorosa de seu ex-companheiro.

Essa é a diferença entre o Diabo, que representa o mal absoluto, e o ser humano, que pode ser levado pelas circunstâncias a fazer o mal.

 

Black Mirror - Black Museum - Médico Peter Dawson

 

Hannah Arendt, filósofa e escritora alemã ficou famosa por sua teoria sobre a “banalidade do mal”. Em seu livro Eichmann em Jerusalém, discorre sobre o julgamento de Adolf Eichmann, tenente-coronel da SS na Alemanha Nazista, pelos crimes de genocídio contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Seu julgamento envolveu muita polêmica e controvérsia, sendo coberto pelos principais jornais do mundo. Eichmann foi condenado por crimes contra o povo judeu e contra a Humanidade, apesar de ter se declarado como inocente por estar apenas cumprindo ordens. Após 3.500 páginas de depoimentos em que Eichmann insistia que não tinha qualquer autoridade na hierarquia Nazista e que apenas obedecia ordens, foi condenado e acabou enforcado nas proximidade de Tel-Aviv.

Segundo os estudos de Hannah Arendt sobre a figura de Adolf Eichmann, este não possuía histórico ou traços antissemitas, tampouco apresentava características de um caráter distorcido ou doentio. Eichmann agiu, portanto de acordo com o que acreditava ser o seu dever, cumprindo as ordens de seus superiores. Ele buscava crescer em sua carreira profissional, assim como qualquer indivíduo em uma lógica empresarial burocrática. Cumpria ordens sem questionamento, buscando a maior eficiência nos processos, mas sem qualquer reflexão sobre os conceitos de Bem ou Mal.

Arendt nos mostra como o Mal pode ser naturalizado e dependendo de um contexto político pode até ser institucionalizado. Este é o último estágio do Mal, quando ele é apoiado e oficializado pelo próprio governo. Situações como estas abriram espaço para as maiores atrocidades na história da humanidade. E isto é algo que Black Mirror também vem tentando nos mostrar ao longo de sua antologia.

Em White Bear (Urso Branco – segunda temporada), por exemplo, os direitos de uma criminosa são renegados em nome da diversão do público que pode filmar seu sofrimento diário. Já em 15 Million Merits (Quinze Milhões de Méritos – primeira temporada), o sofrimento dos personagens principais é explorado pela TV, também para o entretenimento dos espectadores de todo o país. Não parece haver qualquer oposição do governo à exploração do martírio destes personagens.

É o sofrimento humano a serviço do Espetáculo.

 

A Sociedade do Espetáculo

 

Black Mirror - 15 million merits - sociedade do espectáculo

 

Chegamos portanto a uma das maiores críticas do episódio Black Museum e de toda a série à nossa sociedade.

O conceito de “Sociedade do Espetáculo” foi criado pelo escritor frânces Guy Debord em 1967, mas de forma surpreendentemente se torna cada vez mais atual, visto que suas principais críticas são à sociedade do consumo e à cultura da imagem. O autor apresenta o conceito de “espetáculo” como crítica às relações interpessoais, que cada vez mais são mediadas por imagens e representações.

Para Debord, a sociedade moderna estaria substituindo gradativamente a convivência social pela sua representação, por exemplo através da televisão e das mídias de massa. Seria a degradação da vida humana: indivíduos assistindo passivamente a programas de televisão, que intermedeiam a sua relação com a sociedade, ao invés de uma participação ativa e presencial com seus pares. E olha que em 1967 a Internet ainda nem existia.

Esta postura passiva resultaria na degradação do ser humano, ao ser manipulado pelas mídias de massa e perder gradualmente conhecimento e capacidade crítica. Afinal, as mídia de massa seriam uma forma de dominação da burguesia sobre o proletariado, e isto fica bastante evidente em 15 Million Merits, onde os participantes do reality show são explorados para oferecer entretenimento alienante ao público, como forma de controle e anestesiamento, evitando qualquer tipo de revolta contra o sistema vigente.

Black Museum leva o conceito de Espetáculo ao extremo, ao transformar uma alma torturada eternamente em entretenimento, sendo literalmente a principal atração do museu. É a redução máxima da capacidade crítica do seu humano, que exerce o Mal de forma banal ao puxar a alavanca e se entreter com nada além do mais puro e primitivo sofrimento humano.

 

Black Mirror - Black Museum - Tortura Clayton Leigh

 

Se não tivesse sido impedido, o próximo empreendimento de Rolo Haynes poderia ser, sem dúvida, televisionar em rede nacional o sofrimento de Clayton Leigh em sua eterna eletrocussão.

Como falamos, este é uma dos principais alertas de Black Museum e da série Black Mirror como um todo. O convite a refletirmos sobre nossa relação com o que nos entretém. Em diversos episódios somos confrotados com desconfortáveis contos sobre o sofrimento humano ou de cookies (nossas cópias conscientes) para fins de entretenimento.

É a dor e o tormento do outro em nome de uma sociedade que busca cada vez mais apreciar ao Espetáculo do conforto de seu sofá ou nas telas de seus smartphones.

 

 

Curtiu o review? Você pode ler também a resenha de USS Callister, ArkangelCrocodileHang the DJ e Metalhead. Ou curta nossa página no Facebook. 😉

Marcos Malagris

Publicitário, professor de marketing digital e Psicólogo, gasta seu escasso tempo livre navegando na Interwebz, consumindo nerdices e contemplando a efemeridade da existência. Me siga no Twitter ou no Facebook!

19 thoughts on “Black Museum | A queda de Lúcifer, Banalidade do Mal e Sociedade do Espetáculo [Explicação]

  • 14 Janeiro, 2018 at 21:52
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    Excelente análise! Um outro ponto que mostra a conexão entre os contos é que o primeiro representa o sofrimento do corpo, o segundo o da mente, e o terceiro, o da alma. oO

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  • 15 Janeiro, 2018 at 8:10
    Permalink

    Conheci o Farofa Geek por acaso, lendo os comentários de uma análise no Plano Crítico, mas já estão adicionados nos meus favoritos. Li as reviews dos episódios da 4ª temporada, e todas elas estão sensacionais! Muito profundas, cheias de referências filosóficas, permitindo um entendimento mais amplo sobre Black Mirror. Parabéns, e obrigado por me fazerem gostar ainda mais da série, que é a minha preferida.

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    • 15 Janeiro, 2018 at 9:06
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      Olá, Marcelo! Obrigado pelo comentário!

      Também é minha série preferida e, ao contrário do que muitos estão dizendo, achei essa temporada a mais consistente!

      Abs!

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  • 18 Janeiro, 2018 at 18:16
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    Parabéns pela resenha, simplesmente sensacional.
    Gostei muito da comparação do episódio com 15 Million Merits e “A Sociedade do Espetáculo”. Uma conexão muito pertinente.

    Reply
    • 18 Janeiro, 2018 at 19:02
      Permalink

      Obrigado pelo comentário, Rodrigo!
      Abs,

      Reply
  • 19 Janeiro, 2018 at 8:55
    Permalink

    Cara, parabéns pela análise! A melhor ao meu ver! Tudo fez muito sentido!
    Sensacional a matéria!

    Reply
    • 19 Janeiro, 2018 at 19:00
      Permalink

      Que bom que curtiu, Moisés!

      Abs,

      Reply
  • 25 Janeiro, 2018 at 0:20
    Permalink

    A internet carece de análises mais profundas e contextualizadas como essa. Conheci o site de vocês ao acaso enquanto buscava por uma análise mais profunda de Black Mirror, bati todos os episódios dessa última temporada e sintetizo nesse comentário a minha satisfação e prazer de poder acompanhar a série junto com pertinentes e contextualizados comentários. Excelente site com excelentes redatores, vocês acabaram de ganhar mais um leitor fiel!

    Reply
    • 25 Janeiro, 2018 at 9:09
      Permalink

      Muito obrigado pelo comentário, Gustavo! Black Mirror realmente é uma série incrível que permite nos aprofundarmos nas temáticas. Vamos torcer para rolar a quinta temporada, pois ainda não tem nada confirmado!

      Um abs!

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  • 9 Fevereiro, 2018 at 17:28
    Permalink

    Como sempre, amei! Estão de parabéns! Apenas senti falta de uma comparação mais consistente com White Bear. Achei muito parecidos esses dois episódios, tendo em vista que o sofrimento repetitivo dos condenados virou espetáculo para o público. Cabem alguns questionamentos: Até onde vai a licença da sociedade ao castigar um infrator? Será que temos o direito de causar tanto sofrimento a alguém, ainda que ele (a) tenha cometido a maior das atrocidades? Será mesmo que o mal paga-se com outro mal ainda maior? Se a resposta for positiva, em que aspecto nos classificamos como diferentes deles? Ou até melhores, como alguns julgam?

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    • 14 Fevereiro, 2018 at 14:46
      Permalink

      Verdade, os dois exploram essa questão do sofrimento humano para a Sociedade do Espetáculo!

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  • 20 Fevereiro, 2018 at 12:57
    Permalink

    Uau que análise!! Show, adorei! Achei essa temporada muito fraca, mas este episódio foi excepcional.

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    • 22 Fevereiro, 2018 at 20:21
      Permalink

      Obrigado pelo comentário, Nara! Nós gostamos bastante dessa temporada, eu pessoalmente achei ela a mais consistente até o momento. =)

      Reply
  • 9 Março, 2018 at 14:02
    Permalink

    Não sei como as resenhas de vocês não estão em primeiro no Google! Comecei lendo o post sobre o ep. Metalhead, pois não havia me conformado com as críticas rasas que vi por aí… as referências que vocês usam fazem toda a diferença. Já estão nos meus favoritos 🙂

    Reply
  • 22 Março, 2018 at 13:01
    Permalink

    simplesmente uma resenha sensacional! A redação, as referências, a clareza no texto, tudo! Estão de parabéns! Uma interpretação muito válida e bem argumentada, não tinha pensado por este ângulo.
    Virei fã!
    Um abraço!

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  • 4 Setembro, 2018 at 4:39
    Permalink

    Simplesmente fantástica sua resenha, sou fã de Arendt e do seu conceito de a banalidade do mal, como algo advindo das superficialidades e superfluidade das relações humanas que se encaixam muito bem com o 3 conceito de Aristóteles sobre o mal. Eu n conhecia o farofa mas estou apaixonado pelas análises, parabéns!

    Reply
  • 10 Fevereiro, 2019 at 7:24
    Permalink

    Nunca vi críticas melhores, mais contextualizadas e com mais referências do que em seu site.

    Eu não estudoei nada, então me desculpa se for uma pergunta idiota, é nque já não é a primeira vez que vejo você traçar o paralelo de alguns episódios com histórias bíblicas.

    Como você consegue ligar os pontos e fazer isso de forma tão consistente?

    Eu vou lendo as suas conexões e fico embasbacado, só concordando e só vendo que tudo faz sentido e me perguntando : “Como o cara viu esse detalhe, chegou a essa conclusão e consegui ver e saber o que só o roteirista sabia? Como esse cara consegue fazer bater tudo entre bíblia e história do episódio”

    Suas análises são as melhores.

    Procurei a de San junipero aqui e não acho, você a fez?

    Reply
  • 25 Setembro, 2019 at 16:38
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    Vocês PRECISAM fazer uma análise do episódio White Bear seguindo a mesma linha de raciocínio do conceito da Sociedade do Espetáculo. Eu imploro! hahaha
    Vocês são incríveis.

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