The Staircase | O maníaco da escada e o que não foi mostrado na série

Após o sucesso de Making a Murder (2015), o Netflix trouxe para seu serviço de streaming The Staircase, mais um documentário viciante que nos faz questionar se existe justiça no sistema judiciário.

O documentário foi lançado em 2004 com oito episódios, contando a história de Michael Peterson, um romancista norte-americano com então 58 anos que foi acusado de ter assassinado sua mulher Kathleen jogando-a da escada. David Rudolf, advogado de Peterson, argumenta que Kathleen estava sozinha quando levou um tombo e caiu, tratando-se o caso de um acidente.

Michael e Kathleen moravam em Durham, na Carolina do Norte, em uma casa com Clayton, Todd, Margaret e Martha, filhos de Michael, e Caitlin, filha de Kathleen. Na madrugada do acidente, Michael afirmou que estava no quintal perto da piscina quando ouviu um barulho no interior do imóvel, se deparando com Kathleen sangrando na beira das escadas.

 

Kathleen e Michael com a família reunida em The Staircase

 

Em 2013, foram lançados dois novos episódios, até que em junho de 2018, o Netflix liberou os três episódios finais da série. Envolta em um clima de suspense, The Staircase é um documentário cru que não possui narrador e é composto de compilações de cenas gravadas a partir do dia em que Michael Peterson foi acusado do crime. Os cinegrafistas foram contratados por Peterson, que almejava com o documentário mudar a opinião pública com relação ao incidente e provar sua inocência.

Mas por que seria tão difícil acreditar que Kathleen Peterson sofreu um acidente e caiu da escada sozinha?

 

Culpado ou inocente?

Michael Peterson durante seu julgamento em The Staircase

 

A dificuldade em acreditar na inocência de Peterson reside primeiramente na chocante foto (cuidado, pois a imagem contém cenas fortes) do corpo da vítima no momento do incidente. Os que conseguiram abrir a imagem seriam capazes de acreditar que Kathleen simplesmente caiu da escada?

A quantidade absurda de sangue que é encontrada nos pés do corpo, calças e por toda a escada, nos leva a crer na ocorrência de um ato criminoso. Além de haver muito sangue nos degraus e nas paredes ao redor da escada, foi encontrado sangue também no teto, tornando ainda mais improvável a hipótese alegada pela defesa de um mero tombo.

Kathleen ao supostamente cair da escada teve sete lacerações em seu crânio, cortes profundos que de acordo com a promotoria provavelmente decorreram de golpes produzidos por um objeto cortante como um atiçador de lareira. Os Petersons possuíam um desses em sua residência, que tinham ganhado de uma irmã de Kathleen, mas ele desaparecera desde o o suposto acidente.

 

 

Advogado da defesa David Rudolf em The Staircase

 

A promotoria também construiu seu caso ao redor da ligação feita por Peterson para o serviço de emergência. Nela, ele pede urgência no chamado e afirma que sua mulher ainda estava respirando, apesar da gravidade do acidente. No entanto, quando os paramédicos chegaram ao local dez minutos depois, Kathleen já estava morta, e na opinião dos profissionais, havia um tempo. Isso porque o sangue nas paredes e no chão já estava seco e coagulado, o que contradiria a alegação de Peterson de que ao momento da ligação Kathleen ainda estaria viva.

 

A escada ensanguentada em The Staircase

 

Outro fator que pesou contra Michael Peterson foi a revelação feita no terceiro episódio de que Elizabeth Ratliff, mãe biológica de suas duas filhas adotivas Martha e  Margaret, morreu em 1985 ao supostamente cair das escadas de sua residência. Michael Peterson foi a última pessoa a vê-la com vida. Essa descoberta e o fato de Elizabeth e Kathleen serem fisicamente parecidas rendeu a Michael o apelido na mídia de “o maníaco das escadas“.

 

comparações entre Elizabeth e Kathleen em The Staircase

 

Apesar da acusação de que Peterson teria matado Elizabeth Ratliff, algo que contribuiu para que parte da opinião pública ficasse a favor dele foi o fato de suas duas filhas adotivas, que perderam sua mãe biológica e de criação (Elizabeth e Kathleen, respectivamente), mantiveram-se ao seu lado. Martha e Margaret nunca duvidaram (ao menos publicamente) da inocência de seu pai, e não hesitaram em usar a mídia para fazer declarações demonstrando apoio a ele.

Outra figura que manteve uma crença inabalável na inocência de Michael foi sua primeira mulher Patty Peterson, com quem teve os filhos Todd e Clayton. Patty e Michael eram casados à época da morte de Elizabeth Ratliff. Ela e Patty trabalhavam no mesmo colégio e se tornaram melhores amigas, o que se manteve até a morte de Elizabeth. Patty aceitou participar das gravações de The Staircase em solidariedade ao ex-marido e também utilizou a mídia para atestar publicamente sua inocência.

Algumas pessoas passaram a acreditar na inocência de Michael após o apoio demonstrado por Patty, principalmente pelo fato de ela ainda estar viva.

A única integrante da família que se rebelou contra ele e passou a acreditar na culpa de Peterson foi sua enteada Caitlin Atwater. Ela e suas tias Candance Zamperini e Lori Campbell engrossaram o coro da acusação após terem acesso às fotos da autópsia, não sendo capazes de acreditar que um tombo traria resultados tão letais a Kathleen.

 

Caitlin em The Staircase

 

Vizinhos e amigos próximos afirmaram que o casamento entre Peterson e Kathleen era perfeito e invejável, e que o casal raramente brigava. Alegavam não haver motivos para o suposto crime.

Diante de tanta controvérsia, o caso acabou sendo decidido pela prova técnica. Peritos da acusação, incluindo a médica legista, foram categóricos em afirmar que as lacerações de Kathleen eram incompatíveis com uma hipotética queda, enquanto os experts da defesa acreditaram ter comprovado que era possível que os machucados revelados na autópsia adviessem de um tombo.

Finalmente, em outubro de 2003, após três meses de julgamento o júri deu seu veredito.

Mas independente do resultado a que se chegou o júri, é impossível afirmar categoricamente que Peterson seja inocente ou culpado. E é por esta razão que documentários investigativos são tão viciantes e viscerais. Nas obras de ficção, quando se chega ao verdadeiro culpado no final temos a certeza de sua responsabilidade, pois ao longo da história nos são apresentadas as reais intenções e motivações do transgressor. Mesmo que os demais personagens não saibam a identidade do verdadeiro criminoso, o telespectador sempre sabe.

Já na vida real não há certezas. Mesmo que exista uma gravação na qual determinada pessoa mate outra, é impossível saber a real motivação do ato. Teria sido ela coagida a praticar o crime? Ou seria uma situação de legítima defesa?

Essa incerteza fascina e nos mantém viciados em The Staircase, porque ficamos aguardando o momento em que tudo será resolvido e a verdade nos será revelada.

 

O que foi omitido de The Staircase

Michael e Kathleen em The Staircase

 

Considerando-se que The Staircase foi encomendada por Michael Peterson para provar sua inocência, a série acabou focando em teses que colocassem a opinião pública a seu favor. Com isso, o documentário acabou omitindo algumas informações que pudessem fazer o telespectador duvidar de sua inocência.

A seguir, abordaremos os principais tópicos que ficaram de fora de The Staircase.

 

1. Kathleen era uma grande executiva e tinha medo de ser demitida

Kathleen em The Staircase

 

Quando morreu, Kathleen era Diretora de Informação da empresa canadense Nortel Networks Corporation. De acordo com o podcast da BBC Beyond Reasonable Doubt, o salário anual de Kathleen ultrapassava os seis dígitos.

Apesar disso, a empresa estava realizando corte de funcionários, tendo demitido no ano de 2001 dois terços de seus empregados, o equivalente a aproximadamente 45.000 pessoas. Kathleen estava receosa de que ela pudesse ser demitida também.

Michael Peterson comentou sobre esse medo de Kathleen em um email enviado para um amigo seis dias antes da morte de sua esposa. Ele escreveu: “Pobre Kathleen está passando por maus bocados na Nortel. Eles cortaram 45.000 pessoas. Ela é uma sobrevivente e não corre perigo [de ser demitida], mas o estresse é absurdo lá.”

 

2. Michael e Kathleen estavam cobertos de dívidas e ela tinha um bom seguro de vida 

família em The Staircase

 

Um dos principais focos da acusação no julgamento de Michael pelo suposto assassinato de sua esposa foi a questão financeira do casal. As dívidas de Michael e Kathleen chegavam a 142 mil dólares, e Kathleen tinha um seguro de vida com uma apólice no valor de aproximadamente 1,4 milhões de dólares.

Para a promotoria, Michael teria matado sua esposa para se beneficiar de seu seguro de vida, quitando as dívidas do casal e de seus dois filhos Clayton e Todd. Com relação aos rapazes, Michael teria enviado um email para sua ex mulher Patty onze dias antes da morte de Kathleen pedindo que ela pegasse um empréstimo em nome dos filhos: “Isso tiraria um grande peso dos meus ombros, porque eu estou muito preocupado com eles. E é simplesmente impossível conversar sobre isso com Kathleen.”

 

3. A aparentemente inacreditável teoria da coruja

coruja barrada em The Staircase

 

Algo que não foi mencionado em The Staircase foi uma teoria elaborada em 2009 por um vizinho de Michael e também advogado, Larry Pollard. Durante investigações da equipe de defesa, foi descoberto que Kathleen estava segurando tufos de seu próprio cabelo no momento da sua morte. Com o cabelo, foram encontrados segmentos microscópicos de penas e lascas de madeira.

Pollard então desenvolveu a teoria inicialmente inacreditável de que Kathleen teria sido atacada por uma coruja-barrada em uma das varandas na parte de fora da casa, o que explicaria as sete lacerações em seu crânio e machucados em sua face, e o fato de ter sido encontrado porções menores de sangue do lado de fora casa. Desorientada, Kathleen cambaleou para dentro da propriedade, até cair das escadas.

O que parecia inconcebível começou a ganhar mais credibilidade após especialistas em corujas e veterinários corroborarem a teoria. O expert Alan van Norman disse que as lacerações no crânio de Kathleen e a distância entre elas são consistentes com ferimentos feitos pelo bico da coruja-barrada. Já o veterinário Patrick T. Redig afirma que os ferimentos de Kathleen são perfeitamente consistentes com o repertório comportamental de corujas maiores.

 

4. Michael Peterson teve um relacionamento com uma das editoras de The Staircase

Michael Peterson em The Staircase

 

Por fim, outro tema que não foi abordado no documentário para dar mais credibilidade a ele foi o fato de Michael ter mantido um relacionamento com Sophie Brunet, editora de The Staircase.

Essa foi uma estratégia da série, que deu a impressão de que Michael Peterson passou todos os anos desde a morte de Kathleen solteiro e de luto por sua esposa. A imagem perpetrada pela série poderia colocar a opinião pública mais a favor de Michael.

De acordo com Jean-Xavier Lestrade, diretor de The Staircase, o relacionamento de Michael e a editora não influenciou em nada o documentário, já que Sophie não deixou seus sentimentos afetarem o curso da edição. O romance dos dois teria terminado em maio de 2017.

 

The Staircase é um documentário viciante digno de maratona que nos faz querer buscar na internet todas as informações possíveis que desvendem o mistério sobre o que realmente aconteceu com Kathleen Peterson. Os fatos omitidos pela série mudaram seu veredito sobre Michael Peterson?

Para você ele é culpado ou inocente? Deixe sua opinião nos comentários!

 

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Boo Mesquita

Geek de carteirinha e cinéfila, ama assistir a filmes e séries, ir a shows, ler livros e jogar, sejam games no ps4 ou boards. Quando não está escrevendo, pode ser vista fazendo pole dance, comendo fora ou brincando com cachorrinhos. Me siga no Instagram!

60 thoughts on “The Staircase | O maníaco da escada e o que não foi mostrado na série

    • 5 Junho, 2020 at 23:34
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      Nossa, vocês se mostraram serem tão burros quanto o Sr. Deaver.
      Parabéns.

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      • 21 Dezembro, 2020 at 16:37
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        Minha nossa! Eu não sei o que dizer… infelizmente “o mais justo” seria o benefício da dúvida.
        O documentário é totalmente tendencioso, escondeu fatos muito relevantes. O caráter de Peterson me deixa com uma pulga atrás da orelha. Um romancista, que gosta de boas histórias, desenha uma vida perfeita, frio em toda parte do tempo, principalmente na primeira condenação. Os filhos tbm se parecem muito com ele. Riem de coisas absurdas da morte da própria mãe. ( poderia ser algo tramado entre a família com exceção da filha biológica de Katlleen? Poderia. Até pq o sangue estava seco) o que mais me faz acreditar que ele é culpado foram as trocas de emails recentes falando sobre dívidas dos filhos, o seguro de vida, o sangue já seco que indica que havia morrido faz horas e a mancha de sangue dentro da bermuda de Peterson. Porém quando descobrem o perjúrio de Deaver tudo deveria ter caído por terra infelizmente. Penso que Deaver viu uma cena de crime,pois é visível e quis de todas as formas possível condená-lo. Como ele não tinha muito tinha que sustentar sua teoria… esse foi um erro terrível da promotoria. Penso que nao seja fácil para um homem como Peterson ter uma esposa bem sucedida é ele ser apenas um romancista mentiroso. Eu acredito que foi um crime, mas por causa de um sistema judiciário FALHO ele deveria ter o benefício da dúvida.

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  • 2 Julho, 2018 at 1:11
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    Culpado com toda certeza! Essa história de ataque de coruja não cola! Ela teria gritado com certeza! É nunca uma pessoa ao cair rolando numa escada faria cortes tão profundos chegando até ao crânio! Absurdo o cara ter se safado de tudo isso!

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    • 25 Julho, 2018 at 23:04
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      sobre os gritos: no documentário mostra que na área da piscina não há como escutar nenhum som que venha de dentro da casa

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      • 25 Agosto, 2019 at 13:40
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        Eu não vi a série ainda, mas analisei a foto da vítima e pra mim, realmente foi um acidente fatídico. Mesmo que a foto seja assustadora, rodeada de muito sangue, pra mim pareceu que a vítima estava machucada quando tentou subir a escada, talvez tentando chegar ao banheiro para se lavar, ou chegar até o telefone, ou procurar por ajuda do marido. Coberta com seu próprio sangue, advindo provavelmente da cabeça, escorregou no início da escada se machucando-se de maneira a ficar imobilizada talvez algum machucado vertebral o que inclusive, atrapalharia de gritar por socorro. Morrendo aos pouco devido a grande perda sangue. Isso foram minhas conclusões sem ler e ver nada. Após isso li a reportagem a qual salienta a teoria da coruja, o que corrobora com o que eu havia pensado. Claro que não sei e não vi todas as provas, mas isso também explicaria o fato de o marido ligar dizendo que ela estava viva, quando na realidade já estava morta. Lembrem-se ele não é especialista para saber dizer se a esposa estava viva ou não. Nervoso, expressou a esperança que tinha ao encontrá-la e pedir socorro. Desconheço todos os fatos mas o motivo apresentado, parece incoerente pra mim, uma vez que era mais vantagem mantê-la viva uma vez que seu salário anual passava de 6 dígitos!

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    • 10 Dezembro, 2018 at 19:30
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      Mas fizeram um teste onde colocaram uma caixa de som na prova do crime e nesse áudio era uma voz dizendo “SOCORRO!! ME AJUDE” e da piscina (onde ele estava) não ouviram nada, só ouviam a bomba da piscina e som de grilo.

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      • 7 Junho, 2020 at 12:30
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        Eu não conhecia o caso, mas acabei de assistir a série. Para mim, ela foi assassinada sim, pelo marido ou outro membro da família. Tive a impressão que o advogado sacou tudo, por isso dispensou o DNA das roupas da vítima e não quis ir para um segundo julgamento. O DNA nas roupas revelaria o assassino, então era melhor parar por aí mesmo. No fundo, foi uma vitória para a defesa, pq o assassino se safou e o cliente foi libertado. Parabéns aos jurados, foram inteligentes e sagazes.

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    • 25 Março, 2020 at 21:12
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      “é culpado com certeza”? Durante todo o julgamento houve exatamente 0 provas do assassinato. “Ah ele pode ter feito isso ou aquilo” são irrelevantes.
      Não se pode usar de emoção pra determinar a culpa de alguém. “Tinha seguro de vida”. Um monte de gente tem. Se seguro de vida fosse prova de assassinato nenhuma seguradora jamais poderia conceder um seguro de vida, já que nunca iria pagar. Às únicas provas que interessariam seriam as do assassinato. E pelo seriado, ao contrário do que tu disse NÃO FOI ENCONTRADO sangue no teto.
      Uma pessoa que cai da escada não escolhe a pose em que vai cair.
      Quanto a ser culpado ou inocente, é impossível de determinar e, como dito, NENHUMA evidência ou prova aponta pro homicídio, é tudo deduzido e circunstancial. O único julgamento correto seria o de, como julgam nos EUA, não culpado.

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  • 2 Julho, 2018 at 6:22
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    só eu achei as duas esposas mortas incrivelmente parecidas fisicamente?

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    • 1 Setembro, 2018 at 16:00
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      A primeira não era esposa, era amiga

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    • 30 Dezembro, 2018 at 10:57
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      Acho que foi ele, as duas morreram da mesma maneira, acho que quando ele percebia que a situação ía ficar ruím com falta de dinheiro e vários filhos para criar ele optava pelo meio mais fácil e mais terrível acabar com a vida de um ser humano.A quantidade de sangue nas paredes não é de quem cai da escada.

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      • 26 Outubro, 2020 at 4:49
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        A gente viu um documentário produzido pela defesa, ou seja, mostraram apenas um lado.
        Mas o que me leva a achar que ele é culpado são os seguintes fatos:
        1) como tinha sangue da Kathleen dentro da bermuda do Mike?
        2) Se ele fosse inocente, teria negado veemente o homicídio. Não vejo ele fazer isso nos primeiros episódios, antes de ir pra prisão. Os filhos que defendem ele.
        3) O teste de som foi feito dentro da casa, mas, pelo que vimos aqui no site, há sangue na rua, então as agressões começaram fora e poderiam ter sido escutadas pelo Mike.
        4) Ele liga pra emergência e não fica na linha. Em nenhum momento ele explica pq desligou. Provavelmente tava ocupado tentando limpar o excesso de sangue da parede.
        5) como observado pela Marcela, ele admitiu que mentiu sobre a Kathleen saber de sua bissexualidade.

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  • 4 Julho, 2018 at 21:32
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    Eu realmente fiquei na dúvida se ele matou ou não sua esposa, mesmo depois da série e de ler vários artigos sobre. Mas pelo o que entendi, não havia sangue no teto não, foi algo que a defesa fez questão de enfatizar. O fato de uma testemunha importante ter mentido e alterado provas, faz no mínimo com que não existam provas suficientes contra o Peterson. Acho que as coisas que ficaram fora da série não foram assim tão relevantes.

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  • 8 Julho, 2018 at 6:52
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    Mesmo assistindo a série não acreditei nem por um instante na inocência dele, talvez tenha cogitado no fim, quando ele está com aquela cara de velhinho rs… Mas sinceramente, não COLA, gente! De todos os detalhes o que mais me chamou atenção foi o fato dela ter ido usar o computador dele, na sala dele, onde estavam registros de conversas marcando encontro com o prostituto, momentos antes do “acidente”, se ela foi resolver assuntos importantes de trabalho por que um e-mail não foi respondido? Ela poderia muito bem ter feito uma descoberta, ido tirar satisfações e para proteger sua reputação ou no calor do momento ele acabou a matando. Uma coisa é vc saber que seu parceiro é bissexual, outra é aceitar que tenha outros parceiros sexuais, lógico, existem muitos casais liberais que não se importam, mas com o que aconteceu não dá pra descartar essa hipótese.

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    • 9 Julho, 2018 at 20:56
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      Oi Jéssica! Concordo contigo. Mas no finalzinho ele diz que “teve que mentir” durante o processo… a esposa não sabia da bissexualidade dele não. Ele disse que nunca falou pra ninguém (e tem hora que o irmão disse que sabia). Não era uma questão resolvida entre o casal. Talvez ela tenha tomado conhecimento e …

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  • 18 Julho, 2018 at 16:53
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    Post bem tendencioso e os cometários parecem de pessoas que não assistiram nada da série. O sistema é totalmente falho, com manipulação de provas e afins. É um série com uma proposta muito boa pra nego chegar em um simples comentário se ele é culpado ou não.

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    • 22 Julho, 2018 at 23:16
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      Carolina, com certeza a série vai muito além do binômio inocente/culpado. Ela faz uma crítica ao sistema judiciário norte-americano, que apesar de ser bem diferente do brasileiro, pode ser igualmente falho e cruel. Essa abordagem também já tinha sido feita pelo Netflix na excelente “Making a Murderer”. Certamente busca-se com isso instigar o público a pensar sobre a confiança que depositamos no nosso judiciário, e nos perigos de haver pena de morte e prisão perpétua em um sistema tão falho.

      A ideia do post em levantar a questão sobre a eventual inocência ou culpa foi somente porque é da nossa natureza buscar a verdade, mesmo que esse conceito seja relativo, já que fora das obras de ficção nunca ninguém poderá afirmar com certeza se Peterson é inocente ou não. E acredito que isso que torna tudo ainda mais instigante, pois ficamos tentando procurar pistas para algo que não existe. O destino dele foi traçado por um júri, em um julgamento totalmente subjetivo (assim como qualquer outro júri), já que cada jurado traz consigo uma bagagem e ideias pré-concebidas sobre a inocência ou culpa do réu. Infelizmente, muitos dos nossos juízes também julgam de forma subjetiva quando deveriam zelar pela impessoalidade.

      Obrigada pelo comentário! =)

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    • 20 Setembro, 2018 at 0:42
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      Tendencioso foi esse documentário custeado pelo próprio suspeito. Faça-me o favor!

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    • 18 Novembro, 2018 at 21:22
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      Concordo totalmente Carolina, maioria das opiniões apontadas são facilmente desmentidas com o decorrer do caso

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      • 21 Outubro, 2020 at 16:44
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        O documentário faz parecer que ele foi julgado por preconceito como que ser bissexual fosse algo que conotasse falta de caráter, e que esconder isso conotasse uma falta de legitimidade do que ele parecia ser no dia a dia. Não fica claro nenhum motivo que poderia ter levado ele a matar a esposa, mas apólice de seguro de vida geralmente é o maior motivo de assassinatos em famílias quando existe o seguro presente, e isso foi totalmente estrategicamente escondido durante o documentário e muda totalmente o cenário para mim… Ele é culpado ou o cara mais azarado do mundo.

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  • 19 Julho, 2018 at 19:32
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    É isso aí, Carolina! Ficou claramente demonstrada a podridão do sistema policial, jurídico e pericial neste caso. Independente do achometro de cada um, não é admissível que alguém seja condenado a prisão perpétua em tal situação. Na dúvida, a justiça verdadeira deve pender pró réu. Todas as outras considerações e alusões feitas no tribunal nada tem a ver com o incidente na escada.

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    • 22 Julho, 2018 at 23:27
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      É isso aí, Luiz Alberto! In dubio pro reo sempre! Na dúvida, o sistema deve absolver o réu =)
      Em um julgamento pelo tribunal do júri nos crimes contra a vida isso fica um pouco mais complicado porque é extremamente difícil os jurados tratarem o caso com impessoalidade. Infelizmente, ainda não descobrimos um sistema melhor que esse, pois convencionou-se tanto na civil law brasileira quanto na common law norte-americana que em casos de crimes contra a vida, o poder de julgar deveria sair das mãos do juiz e ir para representantes diretos do povo porque ninguém mais interessado que o povo para excluir indivíduos com comportamento antissocial da sociedade.

      Acho essa convenção louvável. Mas isso acaba sendo um problema, pois como esperar que pessoas comuns do povo tratem o réu com a objetividade necessária quando a impessoalidade é difícil de ser alcançada até mesmo pelos juízes?

      Forte abraço!

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    • 12 Abril, 2021 at 0:20
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      Acabei de assistir a serie. Antes ouvi o Moduspod (podcast) e as meninas citaram muito desse artigo. Oq foi omitido deixa a gente com a pulga atrás da orelha. Olhando da perspectiva do documentário, eu acho que ele é inocente e que os vacilos da policia e promotores só ajudaram a corroborar o quanto o sistema é falho e injusto. Diferente de Steve Avery (Making a Murderer) d Gregory Taylor, o Michael Patterson nao tem antecedentes criminais e nem uma conduta suspeita. Eu acho que foi acidente, e que deve ter sido uma queda e tanto.

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  • 22 Julho, 2018 at 18:15
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    Puutz.. Não tem como declarar alguém culpado sem o devido processo legal.. que tempos estamos vivendo???!

    O dever de provar a culpa é do Estado!

    Além de não ter feito adequadamente, ainda ficou muito evidente a má condução com o intuito de excluir as provas que viriam dos fatos e encontrar provas que corroborassem com a versão contada pela acusação!

    O próprio juiz que esteve lá acompanhando durante todo o tempo foi beeeem claro dizendo acreditar num veredito declarando que ele não era considerado culpado caso houvesse novo julgamento ou se o júri fosse mais imparcial e não houvesse as condições indevidas que houveram na época!

    Num sistema judiciário razoável se cumpre a presunção de inocência e a plenitude de defesa..

    Infelizmente, vemos claramente a presunção de culpa e plenitude de acusação nessa série, e com os que convivemos diariamente em nosso país! E quem é pobre, sabe muito bem disso!

    Infelizmente, Sr Peterson não teve a mesma sorte que poucos afortunados por aqui tem, de terem condições de pagarem bons advogados para que consigam mostrar pelo menos parte da realidade dos fatos em que não devem ser considerados culpados.. sem a tendenciosa mídia e o sangue dos olhos de uma promotoria cega!

    Não digo que ele seria inocente pq não há como dizer.. ele tampouco precisaria se defender e apresentar provas dizendo que é inocente.. a declaração é ”guilty or not guilty” (culpado ou não culpado) e não culpado ou inocente!

    Agora, declarar uma pessoa culpada da forma que foi conduzido o processo é no mínimo revoltante/ultrajante/triste!

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    • 22 Julho, 2018 at 23:33
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      Adam, fiquei muito feliz com seu comentário, concordo com absolutamente tudo o que você disse! É esse questionamento e percepção que fazem de The Staircase e Making a Murderer séries provocativas e excelentes!

      Se ele é culpado ou inocente? Nunca saberemos.

      Se trouxeram provas o suficiente da culpa dele? Não. E isso por si só já deveria ser o suficiente para inocentá-lo no judiciário. o/

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      • 26 Julho, 2018 at 10:47
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        Inocentá-lo não creio, talvez declarar que ele não fosse culpado.
        O fato como foi usado a bissexualidade dele, também pesou bastante. Incrível como 15 anos atrás, a sociedade como um todo era mais preconceituosa, a acusação utilizou isto com muita força. Foi muito “baixa”.

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        • 1 Junho, 2020 at 16:35
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          O pessoal falou muito sobre essa questão da bissexualidade dele como se ele fosse assassino por essa condição. Também não concordo com isso, mas a possível descoberta da esposa sobre essa condição pode ter sido a motivação para o homicídio caso ele tenha cometido. Nesses últimos anos com a explosão do ativismo LGBT parece que as pessoas que vivem nessa condição são desculpadas por crimes que cometem, lembram do caso do transexual que o Drauzio Varella entrevistou como sendo a pessoa mais perfeita no mundo? Ficou parecendo que o transexual só estava preso por que é transexual e não porque matou uma criança. Existem muitos casos de homicídios em que as pessoas cometem os crimes por impulsos sexuais relacionados à sua “orientação”. Então ser hétero, ou trans, ou bi, ou lésbica pode sim fazer de uma pessoa um assassino.

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  • 30 Julho, 2018 at 22:31
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    Fiquei com a impressão de um equívoco no texto: The Staircase não foi encomendada pelo acusado. The New York Times informa que advogados de defesa (e o próprio acusado) foram procurados pelo cineasta francês Jean-Xavier de Lestrade (ele já tinha no currículo um Oscar de Melhor Documentário, por Murder on a Sunday Morning) e concordaram com as filmagens. Aliás, além do caso em si, o que mais me chamou a atenção na série foi o amplo acesso (quase irrestrito) dos cinegrafistas da produtora. Não teria sido possível, apenas com autorização do acusado, muito menos como peça de defesa, as filmagens na cela e nas dependências internas do Tribunal, dentre várias outras. No mais, concordo integralmente com todos os comentários, contrários ou favoráveis. E nem sei se é tão importante saber se a morte ocorreu por acidente ou homicídio. Afinal, como diria Pirandello, “assim é se lhe parece”.

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  • 13 Agosto, 2018 at 15:51
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    Aqui no Brasil temos pelo menos um caso que se assemelha, no que tange à atuação dos encarregados de processar um crime. A partir do livro “O pior dos crimes”, também são revelados fatos que não estiveram na mídia a respeito do caso Isabella Nardoni, e que mostram como até advogados de defesa podem falhar. Saber em que e em quem acreditar verdadeiramente é complicado.

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  • 2 Setembro, 2018 at 9:26
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    Acho importante as pessoas notarem numa série como essa que a verdade é o que menos interessa pra justiça em casos como esse. Foram utilizadas algumas provas e argumentos falaciosos no julgamento. A série faria um grande serviço às pessoas que tem uma sede de violência com crenças limitadas como “bandido bom é bandido morto”, talvez percebessem que há mais coisas entre a acusação e o crime do que podem enxergar.

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  • 16 Setembro, 2018 at 18:06
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    O quê? Porque a série omitiu a vida dupla de Michael Petterson? Ele tinha envolvimentos gays e a promotoria ja pegou as provas. Melhor relato desse caso está passando agir no ID. Está no primeiro episódio.

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  • 2 Outubro, 2018 at 20:52
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    AS DUAS ERAM ESPOSAS… ALGO TERRÍVEL ACONTECEU, INOCENTE OU NÃO ELE FICOU MARCADO PARA SEMPRE. SERÁ QUE O MOTIVO FOI FINANCEIRO? TRISTE DEMAIS PESSOAS APARENTEMENTE BEM RESOLVIDAS,PASSAREM POR UMA SITUAÇÃO TÃO ESCABROSA. OS ANOS PASSANDO, E ELE FICANDO COM A IMAGEM DE SR. SOFRIDO.

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    • 20 Setembro, 2019 at 19:08
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      Não. As duas não eram esposas dele. A primeira foi uma amiga. A ex esposa dele está viva, e afirma que ele é inocente. A mulher que morreu na Alemanha era melhor amiga da esposa dele e esposa do melhor amigo dele (por isso, ele ficou com a custódia das meninas, porque ambos os pais nomearam eles como tutores)

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  • 9 Novembro, 2018 at 2:40
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    Na minha opinião ele era culpado sim, apesar de não ter provas certeiras da sua culpabilidade.
    Quando é assim deve-se ir pelas lógica e pelas pistas mais convincentes e plausíveis. Vi a foto da senhora Morta no chão toda ensanguentada e realmente seria, ao meu ver, improvável que ao cair da escada ficasse daquele jeito apenas por se acidentar na escada. As outras situações mostram mais a culpabilidade de Peterson. Ele estava de encontro marcado com um prostito e era bissexual. Querendo ou não, é muito raro na sociedade alguém que e casado e que tem um nível social para mostrar, a esposa aceitar isso de boa e liberalismo. Na maioria das famílias isso acabaria em divórcio, vergonha e fofoca. E pelo que vi, aparentemente era uma família que gostava de aparentar conservadorismo e aparentar um nivel social e financeiro elevado, mesmo devendo muito dinheiro. A bissexualidade dentro da família e para a sociedade seria uma vergonha para ele. Outro motivo plausível e muita wue tem muita coincidência para levar a culpabilidade dele, seria que a amiga dele morreu ao cair da escada. Não sabemos se ele teve culpa na morte desta outra mulher também, mas serveria de ideia para ele colocar a justificativa da morte da esposa atual.
    Então, sendo bissexual (traia a mulher dele com homens), gostavam de aparentar glamour e conservadorismo social mesmo devendo dinheiro, a amiga dele morreu de forma idêntica a esposa dele. Pela lógica e pelas pistas, o mais provável que ele realmente é culpado. Agora querer comparar varias pistas lógicas e plausíveis da culpabilidade com teoria da coruja, pra falar que ele é inocente, seria ingenuidade.
    Mesmo não tendo a certeza da arma do crime nesta situação, colocar o réu como inocente em uma situação como está, onde está claro que não foi um acidente e sim um homicídio, seria desrespeito com a vitima e injustiça com sua vida e seus familiares. Na minha opinião, situações que envolve homicídio, e quando mesmo por falta de provas, as pistas são muito fortes e plausíveis para o respectivo assassino da vítima, ele deve ser culpado, talvez não com prisão perpétua, por falta de provas, mas pegar uma pena compatível do que foi revelado até então.

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  • 22 Novembro, 2018 at 13:21
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    Excelente documentário
    Ele é inocente? Não sei,estou com a pulga atrás da orelha…mas vamos aos fatos:
    Não é a 1 vez que a justiça tenta e consegue incriminar pessoas a todo custo, afinal os recursos do Estado são infinitos e os de uma pessoa comum geralmente acabam, e no caso do Michael Peterson vemos que se acabaram deixando o sem recursos e praticamente sem condições de ter um outro julgamento justo e sem preconceitos ou testemunhas mentirosas tentando a todo custo uma condenação.
    Existem muitos exemplos por ai e inclusive no próprio documentário mostram um caso de erro que acarretou a perda de 17 anos da vida em liberdade de uma pessoa inocente com ajuda de um dos peritos do Estado. Poso citar aqui o caso conhecido como Os 3 de West Memphis que segue a mesma linha de acusações absurdas entre outras coisas….vale a pena procurar assistir aos filmes e documentários sobre esse caso, quem não conhece vai se espantar com a imbecilidade das pessoas…
    Enfim oque podemos tirar de situações assim, é que a justiça é falha, o sistema é falho, as pessoas são falhas, e que infelizmente a justiça não é a mesma para todos.

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  • 2 Dezembro, 2018 at 14:04
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    manxs, as duas tinham seguro, as duas caíram da escada com lacerações absurdas… pelo padrão, ele deve matar sim… a teoria da coruja é bem fundamentada e até convenceria se não fosse o padrão… o judiciário é podre e pra condenar alguém deveria ser necessário muito mais que o apresentado… opinião pública não deveria condenar nem inocentar ngm… mas o michael não me convence… rs :/

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    • 4 Janeiro, 2019 at 4:14
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      Duas mulheres mortas no pé da escada , o último a estar com elas foi o Peterson , as duas com 7 perfurações na cabeça .. não precisa de muito pra saber que esse cara é um assassino. Só a foto devia provar sua culpa ,jamais uma pessoa cai da escada e fica daquele jeito!
      Só não vê que ele é um assassino quem não quer ! Ainda tenho que ver mulheres aqui escrevendo que ele é inocente kkkkkkk

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  • 24 Fevereiro, 2019 at 18:02
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    O QUE IMPRESSIONA , ASSUSTA E PREOCUPA,É A DESCARADA MANIPULAÇÃO DE PROVAS POR PARTE DOS PERITOS DE MODOS A INCRIMINAR UMA PESSOA.ISTO PRA MIM NÃO SE TRATA DE UMA FALHA ,O QUE NATURALMENTE PODE OCORRER,MAS,JOGO SUJO,LITERALMENTE ! E A TROCO DE QUE ?
    OUTRO PONTO INTERESSANTE,QUE MOSTRA QUE NÃO EXISTE CRIME PERFEITO,MAS,MAL INVESTIGADO,É O CASO DE ‘ELISABETH RATLIFF’,QUE TEVE SUA MORTE CONSIDERADA INICIALMENTE PELOS PERITOS ALEMÃES COMO ACIDENTAL,MAS,APÓS 17 ANOS, COM A EXUMAÇÃO DE SEU CADÁVER, DESCOBRIU-SE ATRAVÉS DOS PERITOS NORTE AMERICANOS QUE A SUA MORTE NÃO FORA ACIDENTAL.HA DE SE RESSALTAR A QUALIDADE DO EMBALSAMENTO DO SEU CORPO.
    EM RAZÃO DA MANIPULAÇÃO DAS PROVAS O QUE INVIABILIZA TODO E QUALQUER AVALIAÇÃO JUSTA E EQUILIBRADA,MESMO COM TODAS AS EVIDENCIAS DESFAVORÁVEIS AO RÉU,CONSIDERARIA TEMERÁRIO CONDENA-LO,EU O FAVORECERIA COM O BENEFICIO DA DUVIDA.

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  • 24 Fevereiro, 2019 at 22:25
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    No início do documentário ele disse que estavam assistindo um filme, os queridinhos da American, o filme terminou às 23 horas, ele conta que eles foram pra cozinha e ficaram conversando por pelo menos de 2 a 3 horas, a noite era fria estava uns 15 graus, depois eles foram pra piscina tomar vinho, o que durou mais algum tempo, na cronologia do tempo ela teria entrado pelo menos quase 4 horas da manhã, no mínimo as 3. Como uma alta Executiva que teria uma conferência logo pela manhã, ficaria até de madrugada conversando com o marido? Se o filme acabou no horário que ele afirmou, as 23 horas e ficaram somente na cozinha, por pelo menos umas 3 horas, como as 2:40 ele ligou para a polícia. Tem muitas lacunas nesse documentário, e o simples fato dele contratar uma equipe para comover o público, só esse teatro já comprova a culpa. Ele na prisão com 68 anos, parecia um idoso de 80, depois de solto com 78 já não tinha mais dor, era super ágil pra andar. Ele com certeza é culpado.

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  • 28 Fevereiro, 2019 at 15:12
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    Cá eu em 2019 relendo este post lindo. Assisti a série 3 vezes, e não consegui me convencer que ele não tenha colaborado com o resultado morte da esposa. No entanto, devemos lembrar que, uma coisa é o que eu ACHO outra coisa é como a Justiça deveria se portar. Você entregaria sua vida, sua liberdade e poder coercitivo ao Estado, se soubesse que ele poderia punir seus Administrados de forma incorreta, injusta? Com o risco de colocar inocentes na cadeia?
    Quando o assundo é PUNIR, o Estado-Poder deve agir de forma a nunca arriscar a se portar como o assassino, do contrário, seremos piores, duas vezes, do que aqueles que condenamos, repudiamos. Em outras palavras: Se eu acho que foi ele? Sim. Agora, se eu acho que a condenação dele foi devida e justa? Não. Ele não deveria ser condenado. E ele sabe disso. Ele entendi isso. E de certa forma, esse castigo é mais que suficiente. E nos faz pensar como somos facilmente convidados a ver nossa outra face: seja em momentos de desespero, seja em momentos bem elaborados. Todos foram um pouco assassinos nisso tudo, inclusive ele. Ele sabe disso. Acho que no fim era isso que ele queria provar: “Sim, eu cometi um erro. Mas todos nós, desde o mais puro ao mais explicitamente indigno, cometem erros. Todos perdem a cabeça. Todos cometem enganos gigantescos, inclusive você”. Pra mim, foi difícil ver um processo tão cheio de contradições, erros e injustiça. Expor a intimidade das pessoas de forma tão maldosa e preconceituosa foi horrível. Poderia ser meu filho. Poderia ser eu. A intimidade é inviolável e ninguém em absoluto deveria ser obrigado a expó-la. Ninguém deveria ser considerado pela Justiça “assassino” porque manteve sua intimidade protegida. A opção sexual de cada indivíduo, desde que não fira a intimidade de outro indivíduo, não diz respeito a ninguém. E ele foi praticamente acusado e considerado culpado desde o início por ser bissexual. Essa é a verdade. Até 2017 ouvimos pessoas dizerem no documentário que não acreditam em um relacionamento feliz se existe vida sexual além do casal…Heim??? 2017 gente!!!! Cadê o amadurecimento da humanidade?? Cadê a evolução?? Cadê o crescimento?? Que a inteligência acima do sistema de crença??
    Disso tudo, devo lembrar da defesa impecável (e que poucos dão o devido reconhecimento) do advogado. Um exemplo a ser seguido de dedicação e comprometimento. Defesa impecável.

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    • 1 Março, 2019 at 10:42
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      Sah, que comentário lindo e incrível! Uma verdadeira aula sobre o exercício da empatia e cidadania! Ficamos muito felizes que este post tenha te gerado maiores reflexões sobre o assunto!

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  • 23 Abril, 2019 at 22:28
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    Deve prevalecer a máxima: em caso de dúvida, pró réu.
    Não havia prova de que ele cometeu um crime. Nem a “arma” do crime foi encontrada. Eu o julgaria inocente.

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    • 6 Setembro, 2019 at 2:04
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      Nao vou comentar nada sobre provas, detalhes, vou pela minha observacao e intuicao. Acredito na culpa dele pelo comportamento, no jeito de olhar e falar. Nao posso provar, mas desde o inicio eu disse para meu irmao: ele é culpado! Essa é MINHA opiniao! Respeito a opiniao de todos aqui!

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  • 1 Maio, 2019 at 10:54
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    Caramba…só eu achei ele inocente desde o princípio? De qualquer forma, quando não a provas suficientes e, nesse caso, até manipuladas, a condenação não faz sentido

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  • 13 Maio, 2019 at 11:45
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    Sobre a teoria da coruja, muitas questões devem ser levantadas, tais como na citação: “Pollard então desenvolveu a teoria inicialmente inacreditável de que Kathleen teria sido atacada por uma coruja-barrada em uma das varandas na parte de fora da casa…” é intrigante notar que a atitude de Kathleen não foi correr para fora de casa e sim subitamente subir as escadas. Estranho, não ? Tudo bem que, particularmente eu nunca fui atacado por uma ave e não posso opinar sobre qual seria minha reação, e também a questão do álcool mais adição de remédio no sangue podem ter inibido seus contra-ataques, porém é um tanto quanto duvidosa a respeito da atitude tomada por ela. Outra questão relevante seria: e se ela não estivesse em uma das varandas na parte externa, pois pode ter sido uma suposição da defesa para sustentar uma teoria em favor do réu, e estivesse no andar superior, é realmente muito intrigante ela conseguir descer as escadas e cair justamente nos últimos degraus… E mesmo que ainda assim ela não tenha conseguido descer as escadas, desorientada ou sofrendo ainda um ataque da misteriosa “coruja” e caído desde a parte de cima, como não houve vestígios de sangue desde os degraus superiores até os inferiores? Bom, certamente essa teoria foi descartada por em nenhum momento foi apresentada durante o processo, e acho que ela deveria ter sido descartada também aos que opinam na inocência do réu. Ainda que eu mesmo acredite que ele não cometeu o delito, essa teoria não deveria ser levada em consideração.

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  • 14 Maio, 2019 at 9:35
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    Sobre a teoria da coruja, muitas questões devem ser levantadas, tais como na citação: “Pollard então desenvolveu a teoria inicialmente inacreditável de que Kathleen teria sido atacada por uma coruja-barrada em uma das varandas na parte de fora da casa…” é intrigante notar que a atitude de Kathleen não foi correr para fora de casa e sim subitamente subir as escadas. Estranho, não ? Tudo bem que, particularmente eu nunca fui atacado por uma ave e não posso opinar sobre qual seria minha reação, e também a questão do álcool mais adição de remédio no sangue podem ter inibido seus contra-ataques, porém é um tanto quanto duvidosa a respeito da atitude tomada por ela. Outra questão relevante seria: e se ela não estivesse em uma das varandas na parte externa, pois pode ter sido uma suposição da defesa para sustentar uma teoria em favor do réu, e estivesse no andar superior, é realmente muito intrigante ela conseguir descer as escadas e cair justamente nos últimos degraus… E mesmo que ainda assim ela não tenha conseguido descer as escadas, desorientada ou sofrendo ainda um ataque da misteriosa “coruja” e caído desde a parte de cima, como não houve vestígios de sangue desde os degraus superiores até os inferiores? Bom, certamente essa teoria foi descartada pois em nenhum momento foi apresentada durante o processo, e acho que ela deveria ter sido descartada também aos que opinam na inocência do réu. Ainda que eu mesmo acredite que ele não cometeu o delito, essa teoria não deveria ser levada em consideração.

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    • 25 Maio, 2019 at 2:44
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      Jamais que uma coruja ficaria na cabeça de uma pessoa pra fazer tantos cortes. A pessoa gritaria, correria, estapearia a cabeça e a coruja sairia

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  • 17 Dezembro, 2019 at 12:24
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    acredito veementemente que ele é inocente. as provas apresentadas pela promotoria são totalmente duvidosas e foram contaminadas a todo momento, caso não inocentassem, no minimo deveriam retirar a queixa. não havia provas concretas do crime, tudo foi circunstancial, se basearam basicamente no tanto de sangue que havia, e há muitas falhas, com certeza, sendo que:
    1. haveria um padrão nas manchas de sangue no momento da suposta agressão
    2. (se não fizeram) deveriam ter feito algum tipo de exame, tipo um corpo de delito no Michael, se ele tivesse realmente cometido o crime, haveria indícios.
    3. não há arma do crime
    4. o cara era bissexual, ok! isso não é um motivo para matar sua esposa, com base nos e-mails, ele realmente havia vontades extraconjugais, mas isso poderia ser uma coisa de conhecimento dela, uma vez que fica claro que seus filhos e filhas já sabiam e não se surpreenderam.
    5. o comportamento do Michael durante as filmagens era de uma pessoa inocente (por mais que isso seja subjetivo)
    6. a família da Kathleen me pareceu bem, permita-me dizer, crazy! Aquela irmã é muito instável e não consegui ficar a vontade com ela. entendo sua insatisfação e revolta com tudo isso, mas ela agiu totalmente errado perante a lei.
    7. numa agressão na cabeça PARA MATAR seria com toda força, causaria um traumatismo, gente. hemorragia interna, sei lá! não faz sentido.
    enfim, a promotoria não conseguiu me comover com tudo aquilo, há muitas outras coisas que não me convenceram referente a acusação.

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  • 6 Abril, 2020 at 21:16
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    Um parente investigador em São Paulo, nos contou sobre uma senhora de 80 anos encontrada morte em seu apto Ela morava sozinha e machucou a perna na região da veia aorta. Foi encontrada morta no banheiro com um rastro com muito sangue que vinha da sala, provavelmente estava indo buscar algo pra cuidar/fechar o ferimento Ela sangrou até morrer, e o sangue já estava seco quando a polícia a encontrou.
    Ou seja, Kathleen, pode ter sangrado durante 2 horas até que o marido a encontrou e o sangue foi secando, mas ela poderia estar nos últimos momentos de vida

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  • 30 Maio, 2020 at 18:48
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    Culpado e muito!!!! Já cai de uma escada enorme e só quebrei o braço sem cortes e essa sanguera absurda,além é claro um raio não cai 2vezes no mesmo lugar e o clássico seguro de vida p cultura deles dinheiro é tudooo não tem como imaginar ficar sem ele!!!

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  • 9 Junho, 2020 at 16:52
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    Assisti a série e, mesmo sem ter conhecido o caso antes, achei que ele é culpado pelas duas mortes. O advogado de defesa não quis fazer o exame de DNA das roupas da última vítima, acho que porque o resultado incriminaria o seu cliente e encerraria o caso. No fim, ficou bom para o acusado, pois ele ficou livre e recebeu o benefício da dúvida por parte da população, mas a mim não convenceu. Achei os jurados e o juiz simplesmente sensacionais.

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  • 25 Outubro, 2020 at 17:35
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    Culpado com certeza,as expressão corporal dele fala pra sim só em várias cenas do documentário. E outra ele mesmo poderia ter jogado ela da escada e depois a agredido na cabeça. Um homem que ama não traí, não procura homens fora do relacionamento, já que tem um casamento perfeito como ele disse. Ligar para a emergência desesperado é tão fácil, pegue um bom ator, ou autor como ele mesmo tão fácil passar desespero. Pra mim ele é culpado sim.

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  • 28 Outubro, 2020 at 11:58
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    Existem coisas que ficaram no ar e que levantam dúvidas sobre ser ou não culpado.
    A parte que as irmãs dela mostram alguns rascunhos de seus textos, onde ele fala em assassinato, ou na parte de seu próprio livro que ele mente sobre suas histórias de vida no Vietnam. Achei estranho ele nunca querer dizer nada no julgamento para convencer o júri, ou quando a irmã da morta da aquele último discurso, já que ele era inocente, achei que lhe faltou raiva para provar que estava sendo condenado injustamente.
    Achei estranho no documentário a parte que ele brinca sobre a morte da esposa com os advogados, os filhos deles também brincam numa determinada parte, e a única que realmente parece se importar com a vítima é sua filha biológica.
    Outro fato estranho que passou batido, é na hora que eles acham o soprador de lareira e o acusado fala: Meu filho teria dito, pai, se tiver algum vestigio de cabelo ou couro cabeludo nesse assoprador, eu mesmo jogo no lago.
    Muitas teorias e coisas que ficaram sem resposta, na vdd, levarão para o túmulo toda a verdade.

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  • 3 Novembro, 2020 at 13:03
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    Pera…. essa matéria tenta colocar em dúvida o documentário, dizendo que deixou de mostrar coisas que incriminariam o Peterson…. e no item 3 fala da tese da Coruja, a mais plausível de todas, que inocenta completamente ele?? COMO ISSO MUDARIA MEU VEREDITO SOBRE A SÉRIE??? Sem contar que essa tese é SIM mencionada na série…… Não entendi o nexo nem o propósito dessa matéria…

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  • 3 Novembro, 2020 at 13:13
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    Michael Peterson é culpado até ao âmago! Porque razão filmou ele o que mais lhe agradou que as pessoas vissem? Perante uma série em que as personagens são reais, tudo foi encenado ao pormenor. É inconcebível que uma queda tenha provocado tantos danos num ser humano. Há algo que nunca é referido, nem na série nem em comentário nenhum. Foi dito que só eles os dois estavam em casa, será isso verdade? A mim, pareceu-me desde o início, ter sido um crime perpetrado por 2 ou mais pessoas. Não há casamentos perfeitos, há é quem faça parecer que tem um casamento bom, mas sabe-se lá o que se passa entre paredes?? Os filhos e filhas, adotados ou não, não poderiam ter colaborado neste crime tão sanguinário? E o irmão dele? E o, ou os, prostitutos com quem ele se encontrava, não poderiam ter maquinado esta morte horrível? O motivo é óbvio, foi por dinheiro… Também não consigo compreender como é que 2 filhas mostram uma frieza tão brutal perante a morte da mãe biológica, tendo em conta a semelhança entre a morte de Kathleen e a de Elizabeth, e ficam ao lado de um homem com quem viviam, mas que acabou por ficar com dinheiro para a educação delas, após a morte da mãe. Sabemos lá nós as divisões que havia entre tanta gente, sobretudo adolescentes, todos a viver debaixo do mesmo teto?? É que a filha natural de Kathleen separou-se imediatamente deste ninho de vespas e por algum motivo o fez. Isso a Netflix não mostra.
    Nem pode mostrar, obviamente. Resumindo, quer tenha sido por causa do dinheiro, por causa dos prostitutos, por causa dos filhos que não eram do casal, Michael Peterson foi a mão que atirou a mulher pelas escadas abaixo, e muito provavelmente em parceria com alguém muito próximo de si e que poderá ter desferido os golpes que provocaram tanto jorro de sangue.

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    • 5 Novembro, 2020 at 12:44
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      Gracinda, vc tem problema mental? Porque motivo alguém que quisesse forjar uma morte acidental jogando da escada iria desferir golpes não letais na cabeça dessa pessoa, que só fizeram arranhar o crânio enchendo a cena de sangue?

      Como o motivo foi por dinheiro, se o cara teve tanto dinheiro que foi capaz de produzir um seriado, como essa mesma matéria afirma?

      Vc não viu a parte do documentário que fala da hipótese da coruja? É a hipótese mais plausível e ficou clara depois que encontraram pena da coruja no corpo dela. Tudo se encaixou perfeitamente, o tipo de corte com as garras da coruja, a época em que esse animal aparecia naquele local, etc.

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    • 3 Janeiro, 2021 at 2:24
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      Temos uma Xerloqui Rolmis aqui.

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  • 19 Novembro, 2020 at 23:26
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    Assistindo todo o documentário , por alguns minutos até pensei que talvez ele não tivesse matado a esposa . Mas para mim que já caiu da escada , não consigo acreditar em acidente . Na minha queda bati braços , joelhos , não bati a cabeça , mas alguém bater a cabeça na queda provocaria tantos ferimentos ? Não acredito, a foto dela toda ensangüentada, as paredes , porta , foram ferimentos graves que não consigo acreditar que seriam causados em uma queda . A filha biológica e irmãs disseram que por esse motivo não conseguiam acreditar na inocência do réu ! Se ele foi culpado pela morte da amiga da ex esposa não sei , mas ele viu as duas por último, estranho não ? Se não matou a primeira ,pode ter pensado que se aquele caso passou como acidente , essa seria a melhor forma de dar fim à vida da esposa . Os motivos ? Pode ter sido dinheiro , ou ela ter descoberto sua vida secreta e marcado separação e lógico colocar em jogo sua reputação. Outro Sentimento que tive ao logo da série foi : esse cara é frio, age como um bom ator ou roteirista da própria vida , não me convence os sorrisinhos falsos do réu .

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