The Sinner | As diferentes faces da culpa na 2ª temporada
A 2ª temporada de The Sinner tinha um grande desafio. Com o fechamento do arco narrativo de sua protagonista Cora Tannetti, interpretada pela celebridade Jessica Biel, a série precisava se reinventar para manter o interesse do público. O bastão foi passado então ao investigador Harry Ambrose (Bill Pullman), responsável por ajudar Cora a entender as motivações de seu horrendo crime na 1ª temporada da série.
Nesta nova temporada, Ambrose é convidado por Heather Novack (Natalie Paul), filha de um antigo colega, a retornar à sua cidade natal para auxiliá-la na resolução de um chocante crime. Julian Walker (Elisha Henig), um adolescente de 13 anos, é o único suspeito de inexplicavelmente matar seus pais Adam Lowry (Adam David Thompson) e Bess McTeer (Ellen Adair), envenenados a caminho das cataratas de Niagara.
Com o retorno à cidade de Keller, descobrimos mais sobre os segredos de Ambrose, e os motivos pelos quais o investigador decide tão prontamente ajudar Julian.
The Sinner é uma antologia que diverge do padrão das demais séries investigativas. Aqui, o mistério não está em descobrir “quem matou”, mas sim, o porquê do crime. Com um estilo narrativo fragmentado e elíptico que prende a atenção do espectador, vamos aos poucos entendendo as motivações de cada personagem para suas escolhas.
No início da 2ª temporada de The Sinner, são dadas algumas dicas que levam a crer que o tema central da trama será tratar dos mistérios do inconsciente. Inicialmente, assim como na 1ª temporada, a abertura da série é uma representação do Teste de Rorschach, uma avaliação psicanalítica desenvolvida para acessar o inconsciente.
Outra dica é que os supostos pais de Julian, apesar de não carregarem nenhuma bagagem para a criança, possuem na mala diversos livros escritos por Carl Gustav Jung. Além de ser um estudioso do inconsciente, Jung defendia que todo ser humano possui um lado sombrio, através de seu conceito de “sombra”. Isso também faz sentido na trama, já que no 1º episódio uma mulher até então desconhecida chamada Vera Walker (Carrie Coon) conversa com o menino acusado sobre o “Julian sombrio”.
Por fim, após a descoberta de quem realmente é Vera e da sua comunidade alternativa em Mosswood, a líder explica que o trabalho deles na congregação é jogar luz na escuridão das pessoas. Isso nada mais é do que revelar o que está no inconsciente de cada um dos membros da comunidade.
Entretanto, apesar das pistas, ao longo dos episódios percebemos que a temática central da 2ª temporada de The Sinner continua sendo a culpa.
A relação dos personagens com a culpa em The Sinner
Assim como na 1ª temporada, a culpa é a principal motivação para as ações dos personagens na trama da nova temporada de The Sinner. A partir daqui, esmiuçaremos melhor a relação de cada um deles com a culpa, então entraremos em possíveis SPOILERS.
Julian Walker
Julian Walker é o filho adotivo de Vera e foi criado por ela com os valores reproduzidos pela comunidade de Mosswood. Para o garoto, a morte era um ritual de passagem, e uma oportunidade das almas evoluírem e recomeçarem novamente.
Não fica claro em The Sinner o motivo pelo qual Julian matou Adam e Bess. Uma possibilidade é que o garoto tenha descoberto que estava sendo sequestrado, e os matou como uma forma de se defender. No entanto, isso não explica o ritual praticado após os assassinatos. Ao colocar moedas nos olhos de suas vítimas, Julian demonstra empatia e preocupação com suas almas na vida após a morte.
É mais provável que a morte deles tenha sido ocasionada pelo “Julian sombrio” associado à discussão do casal que o menino presenciou. Sabemos que Julian possui algum transtorno pela maneira como ele é apresentado nos primeiros episódios. O garoto tem acessos de raiva, chegando até mesmo a se mutilar por causa deles. Isso somado à discussão que Julian escutou entre Bess e Adam e à sua crença em vida após a morte pode ter motivado sua decisão de assassinar o casal.
Entretanto, ao longo da temporada Julian descobre que a vida após a morte é algo incerto, e percebe a gravidade de sua atitude. O fato se torna ainda mais grave quando é revelado pela sua mãe biológica que Adam e Bess estavam na verdade levando Julian a seu encontro. O garoto então passa a conviver com a culpa de ter matado intencionalmente duas pessoas que queriam ajudá-lo a conhecer sua mãe.
Ao compreender que fez algo errado, Julian rapidamente assume sua culpa e confessa o crime para Ambrose. De toda a série, ele é quem lida melhor com a culpa. Quando estava fugindo com Vera, ele liga para Ambrose e pergunta o que o policial faria em seu lugar, e se ele deveria se entregar. O detetive prontamente responde que depende do quanto o menino era capaz de aguentar. Ele então escolhe assumir seus erros e confrontar a situação em vez de fugir.
Ao se entregar à polícia, Julian aceita a punição como forma de se livrar da culpa pelo crime que cometeu.
Vera Walker
No 4º episódio de The Sinner, é revelado que antes de Vera Walker assumir a liderança de Mosswood, a comunidade havia sido criada pelo psicoterapeuta Lionel Jeffries. Ele era conhecido como “O Farol” e havia estabelecido a seita após escrever o livro Escapando do Labirinto. Após fazer parte da comunidade, Vera rapidamente se tornou uma das maiores ajudantes de Lionel, sendo alguém de sua confiança.
Como a seita ajudou Vera a superar seus traumas, ela demorou a aceitar o fato de que atrocidades e abusos estavam sendo cometidos em prol de “um bem maior”. Em negação, ela dizia para si própria que deveria confiar no método, mesmo que ele significasse agressão física ou estupro de mulheres.
No entanto, Vera acordou quando percebeu que Julian poderia correr perigo com Lionel. Isso porque o psicoterapeuta deixou implícito que planejava em algum momento sacrificar Julian, citando passagens bíblicas para justificar sua atitude.
Não fica claro em The Sinner se Vera realmente matou Lionel, considerando que o corpo encontrado no lago em Mosswood pertencia a uma mulher. Mas em determinado momento, há um flashback no qual Vera ensina Julian sobre as propriedades de cada planta. Quando o garoto pergunta sobre uma erva com flores brancas, Vera diz que ela é altamente venenosa, e não deve ser ingerida.
Após a percepção de que Julian corria perigo, Vera aparece oferecendo uma xícara de chá a Lionel, deixando subentendido que ela teria envenenado o psicoterapeuta. Após o sumiço do líder da seita, Vera assume a liderança de Mosswood e muda a maneira como eles vivem.
Mas Vera nunca conseguiu se livrar da culpa de ter permitido que acontecessem os abusos sexuais e as agressões por tanto tempo. No último episódio, em uma tentativa de se libertar da culpa, Vera incendeia todo o lugar em que aconteciam os rituais, mas o monolito símbolo das sessões sobrevive ao fogo, como uma forma de lembrá-la para sempre das atrocidades cometidas.
Uma culpa que talvez nunca a deixará.
Heather Novack
Durante anos, Heather foi a melhor amiga de Marin Calhoun (Hannah Gross). Com a chegada da adolescência, Heather foi aos poucos descobrindo sua sexualidade, e percebeu que estava apaixonada por sua melhor amiga. Como esta fase da vida é a época de descobertas e de novas experiências, as garotas ficaram algumas vezes. Mas isso nunca teve muito significado para Marin, que percebeu que era hétero e não se sentia confortável ficando com sua amiga.
Foi dessa rejeição que surgiu o primeiro trauma de Heather. Ela se sentia culpada pelos sentimentos que nutria por Marin, e se responsabilizava pela infelicidade de sua amiga. Ela se esforçava para não demonstrar seus sentimentos, e sentia vergonha toda a vez que falhava. A policial também tentava compensar a culpa oferecendo sua casa para Marin e fazendo-a se sentir como parte da família, já que sua própria mãe a rejeitava.
Quando Marin descobriu a seita e se mudou para Mosswood, ficou distante de Heather, até que desapareceu por completo de sua vida. Após o sumiço de Marin, Heather acreditou que ela estava morta, e passou a carregar consigo a culpa de não ter sido capaz de salvar Marin da seita que supostamente a teria matado. Além disso, a policial se sentia culpada em nunca ter podido oferecer à amiga o que ela realmente queria e precisava.
Marin Calhoun
Assim como boa parte dos personagens em The Sinner, Marin tem uma história triste. Sua mãe não a queria, e introjetou nela a culpa de ter nascido. Marin então cresce em um lar desajustado, com uma mãe que a rejeita, sentindo culpa simplesmente por existir. Seu conforto era a família de sua melhor amiga Heather, que a acolheu. A casa de Heather era seu porto seguro.
Até que, em uma grande reviravolta na série, descobrimos que Jack Novack (Tracy Letts), pai de Heather, estuprou Marin em uma noite em que a jovem havia bebido demais. O lugar no qual antes Marin se sentia segura agora era seu pior pesadelo.
Apesar de ter sido estuprada, Marin vive com a culpa de não ter conseguido evitar o sexo com o pai de Heather, já que sabia que sua melhor amiga era apaixonada por ela. Sem ter forças para confrontar a situação e falar a verdade para sua amiga, Marin foge e desaparece da vida de Heather. A ida para Mosswood, além do fato de Marin precisar de um novo oásis, representa uma tentativa da jovem de escapar da realidade e de sua culpa.
Mas nada vem fácil para Marin. Pouco depois de chegar na comunidade, a jovem descobre estar grávida de seu agressor. Com o nascimento de seu filho, Marin se sente culpada em não conseguir manter um vínculo de afeto com o bebê, provavelmente porque ele era uma lembrança viva do estupro que sofreu e de ter falhado com sua melhor amiga.
Em outras palavras, seu filho era a materialização de sua culpa. Seu próprio corpo parecia rejeitar a criança, e ela sequer produzia leite. Consumida por sua culpa, Marin mais uma vez foge da situação, em vez de confrontá-la. Sozinha e atormentada, a jovem se vicia em drogas.
A redenção de Marin vem pouco antes de sua morte. Ela entrou para um convento, ficou sóbria, e decidiu reaver seu filho. Mais de uma década depois de abandoná-lo, ela consegue convencer Julian a lhe dar uma chance, e foge com ele. Ela liga para Jack, pai de Julian, para pedir dinheiro. O ex policial vai ao seu encontro, e tenta convencer Marin de que seu plano de levar Julian para o Canadá é uma má ideia. Marin então aponta uma arma para Jack, que em uma tentativa de se livrar do projétil, sem querer puxa o gatilho e acidentalmente mata Marin.
Jack Novack
Jack Novack era um personagem bom demais para ser verdade. No início da série, ele demonstra ser um viúvo boa praça, orgulhoso de sua filha policial. “Ela é lésbica, sabia? Me contou anos atrás..“. A aceitação da homossexualidade de Heather já ganha a empatia do espectador, que acredita em sua bondade. Ele também aparenta ser um bom amigo, demonstrando genuína preocupação e compreensão pelo retorno de Ambrose à sua cidade natal.
Mas Jack carrega um terrível segredo. Em determinada noite, aproveitando que Marin havia bebido demais, ele beija a moça, que, de início, parece retribuir. Entretanto, a jovem rapidamente se arrepende da ação e pede reiteradas vezes que Jack parasse de a agarrar. Excitado demais para frear seus instintos, Jack estupra Marin, enquanto sua filha dormia tranquilamente no quarto ao lado.
Jack se sente culpado não só pelo estupro de Marin, mas pelo segredo que se viu obrigado a guardar de sua filha. O ex-policial sabia que Heather era apaixonada por Marin, e contar para ela o crime que cometeu a magoaria para sempre.
Após a descoberta da gravidez de Marin, Jack passou a enviar dinheiro a Mosswood todos os meses em uma tentativa de se livrar de sua culpa.
Harry Ambrose
Na 1ª temporada de The Sinner, fomos apresentados a Ambrose, um detetive masoquista que, diferente dos demais promotores, era empático e queria ajudar Cora Tannetti e entender suas motivações em vez de condená-la. Nesta 2ª temporada, Ambrose retorna a Keller, sua cidade natal, e o confronto com seu passado faz com que compreendamos melhor as atitudes do detetive.
Ao longo dos episódios, nos é revelado que Ambrose carrega desde criança a culpa por ter iniciado um incêndio que destruiu sua casa e quase matou sua mãe. Ela tinha depressão, e Ambrose tentou com o fogo chamar a atenção de sua mãe para sua existência. Ele não tinha a intenção de machucar ninguém, mas sua idade impediu que ele tivesse real discernimento sobre a gravidade de suas ações.
Por este motivo, Ambrose empatizou imediatamente com Julian, pois via no menino um reflexo de si mesmo. Ele buscava ajudar Julian porque se o garoto pudesse ser salvo, isso significava que havia esperanças para o detetive também.
Apesar desta crença, Vera alerta Ambrose para o fato de que livrar seu filho da cadeia não é o que vai salvar o detetive. De fato, Ambrose tem um padrão de buscar sua redenção por meio de terceiros. Ele passa a vida toda tentando ajudar as pessoas a se livrarem da culpa, na esperança de que isso irá libertar ele próprio.
Entretanto, a cada caso solucionado, Ambrose não se sente melhor ou mais leve, e isso o faz partir para a próxima jornada.
A confrontação de Ambrose com sua culpa surge no momento em que ele resolve escutar a fita da sessão gravada por Vera. Na gravação, fica subentendido que Ambrose se sentia culpado também pela depressão de sua mãe. Seus traumas de infância e a relação com sua mãe introjetaram no personagem um sentimento de culpa e moldaram suas ações enquanto adulto. O comportamento masoquista de Ambrose e sua submissão no sexo era uma forma do detetive aplicar uma punição a si mesmo pelos atos do passado.
No final, Julian parece ter conferido alguma redenção a Ambrose, pois o detetive acaba servindo como uma figura paterna para o menino.
Com sua bem sucedida 2ª temporada, The Sinner provou que consegue sobreviver como antologia mesmo com a saída da até então protagonista Cora Tannetti. E, considerando que Harry Ambrose ainda tem muito a trabalhar para se libertar de sua culpa, é possível acreditar no retorno da série para uma 3ª temporada.
Qual foi na sua opinião o personagem que melhor lidou com a culpa na 2ª temporada de The Sinner? Deixe nos comentários!
E não deixe de ler nosso post sobre a primeira temporada de The Sinner e os conceitos psicanalíticos abordados na série.
Gostou da análise? Não esqueça de nos seguir no Facebook ou no Twitter!
Oi! Primeiramente, parabens pela analise dos personagens! Adorei! Todavia, o que mais me intrigou foi o fato de não mostrar claramente o motivo pelo qual julian matou adam e bess. Quando ele presenciou a briga do casal, ja estava com as xícaras de chá prontas, então nao tem como ter tido um acesso de raiva ali e decidido matar. É como se ele ja tivesse planejado antes. Poe outro lado, nao mostra se ele sabia que estava sendo sequestrado e por isso decidiu matar os dois…
Outro ponto é lionel. Vera fala a harry que “the beacon”, no caso, lionel, saiu de mosswood e nunca mais voltou, sem nem dizer adeus. Mas quando ela da a xicara de cha a ele realmente fica subentendido que ela o envenenou.
Fora essas duas coisinhas, amei muito essa temporada! Ansiosa pras demais!
Ele ouve a briga de dentro do quarto… Quando chega com as xícaras de chá, o casal está transando. 🙂
Gostei muito das duas temporadas de The Sinner, e também adorei as análises do Farofa Geek. Estão nos meus favoritos, e é impressionante como vocês sempre fazem análises das séries e filmes que eu mais gosto. Parabéns pelo trabalho, e vida longa!
Marcelo, esperamos que você continue gostando das nossas análises! Muito obrigada pela força! <3
De quem é o corpo no Lago???
isso é dito depois, era uma mulher irrelevante, não consigo lembrar agora
Ela era uma paciente do psiquiatra, ela provavelmente se matou, mas nada a ver com o caso!
Fiquei sem entender o trauma do detetive. Vim aqui justamente pra esclarecer isso mas ainda fiquei meio sem entender! Achei q ele era abusado pela mãe e provocou o incêndio por vingança.
Oi Camila! A série nos dá a entender que a mãe do detetive tinha depressão severa, e que por isso acabou negligenciando o filho durante a infância dele…Ambrose então cresceu achando que o fato de a mãe estar sempre triste era culpa dele, e inicia o incêndio em uma tentativa de chamar a atenção da mãe. Não temos evidências o suficiente que apontam para a mãe abusar do filho, parece mais um caso de negligência que acabou minando a autoestima do jovem Ambrose.
Adorei a série, adoro The Sinner, porém fiquei com algumas dúvidas.
1. Por qual motivo Julian colocou pedras nos olhos de Adam e Bess ?
2. Por que Marin carregava sementes de Girasol quando sequestrou Julian?
3. O homem de rabo de cavalo no café da manhã não é revelado o por que ele estar lá.
4. Por que Adam e Bess não levaram a bolsa do Julian ( mesmo sabendo que estava sendo sequestrado)
Eles não levaram a mala do Julian pois ele está sendo levado para sua mãe biológica, e mostra na série o lugar onde estava a mala do Julian, onde sua mãe estava esperando ele no niagra!
Julian foi levado sem Vera saber para Niagara?
Oq aquele bigodudo tem a ver ca historia toda?
E, pq as marcas nos pes daquelas duas mulheres?
eis as minhas duvidas, alguem sabem explicar?
As marcas nos pés eram devidas as sessões, as agressões que aconteciam naquelas sessões macabras rsrs
Nossa eu estou busca de informações sobre a serie achei este texto maravilhoso obrigado! Mas preciso de mais ajuda RS! Poxa eu assisti a segunda temporada pensando que fosse a primeira, e só desxoo isso agora quando fui começar assistir oq pensei ser a segunda…Me ajude, pelo que eu li em alguns lugares as tramas são diferentes tendo somente o mesmo detetive como personagem repetido certo! Se for assim acho que não vou ter problemas em assistir aahora a primeira temporada né? Estou bem triste com essa situação me dá um help!!! Quando vc me responder eu vou receber um e-mail???? Preciso dessa ajuda!
Olá Davyd! Eu não sei se você receberá um email com essa resposta, mas vamos lá: assista à 1ª temporada sem medo, a única relação entre as duas é realmente o detetive Ambrose! Você não vai encontrar nenhum spoiler ou dificuldade, elas são independentes entre si! =)
Um abraço!
Oie,
Acabei de “devorar” a série, mas ainda tô cheia de dúvidas. Por exemplo: a Vera, durante a sessão, tentou matar Ambrose? Sua mãe abusava sexualmente dele (pq juro q numa parte do “desabafo” dele, dá a entender q a mãe dele o tocava inapropriadamente)? O que aconteceu com ele após o incêndio? Ficou internado?!
…
Enfim, acho q é isso! 🤷🏽♀️
Ah, e a Vera abusava de Julian? Era uma “boa mãe” msm ou era tóxica msm, fingida?! Pq acho q no fim, ela terminou se tornando agressora, assim como seu mestre Farol…
Só uma observação quanto ao texto: “Excitado demais para frear seus instintos” a forma como essa sentença foi escrita parece demonstrar que o ato de estuprar é inevitável e, portanto, justificável – o que não é verdade.