Vikings | Os acertos e erros de Lagertha como ícone feminista
O ano de 2017 foi repleto de obras com protagonistas mulheres fortes, na TV e no cinema: Big Little Lies, The Handmaid’s Tale, Alias Grace, The Sinner, Mulher Maravilha, Mãe!… Vikings, no entanto, vem contribuindo para o resgate ao protagonismo feminino desde 2013 por meio da guerreira feminista Lagertha.
Se preferir, pode ver o vídeo sobre o tema no nosso canal:
Se antes de seu lançamento poderia parecer que os homens liderariam as guerras enquanto as mulheres cuidariam da casa e dos filhos, logo nos primeiros episódios podemos observar que na sociedade viking mulheres também lutam! Embora a existência histórica da classe das shieldmaidens (escudeiras, no português) seja amplamente discutida, o criador de Vikings Michael Hirst optou por retratá-las no programa, atitude condizente com o contexto social atual em que mulheres lutam por igualdade de gênero.
Em Vikings, o símbolo maior do empoderamento feminino está em Lagertha (Katheryn Winnick), a respeitada escudeira esposa do famoso Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel). Apesar de a grande líder viking ao longo da série ter tomado diversas atitudes feministas, a 4ª temporada nos fez questionar algumas de suas ações.
Afinal, seria Lagertha a maior feminista de todos os tempos? Veja a lista abaixo e tire suas próprias conclusões:
Lagertha é uma respeitada guerreira
Já comentamos que a classe das shielmaidens é questionada pelos historiadores, mas independente disso é comprovado que parte dos guerreiros e exploradores vikings eram mulheres.
Um estudo divulgado em setembro do ano passado pelo American Journal of Physical Anthropology revelou que um esqueleto viking de mais de 1.000 anos encontrado em uma cova em Birka, na Suécia, pertencia a uma mulher. O esqueleto estava rodeado por ornamentos, incluindo uma espada, um arco e flecha, um machado, um escudo e um tabuleiro e peças que eram usados para projetar estratégias de guerra. Por ser de alta patente, acreditava-se que este oficial viking era do sexo masculino, até o estudo provar o contrário. Arqueólogos já haviam descoberto outros esqueletos de soldados vikings mulheres antes, mas foi a primeira vez que encontrou-se um guerreiro do sexo feminino com uma patente tão alta.
Desde o início da série, Lagertha já é uma respeitada guerreira. Ela nunca foi submissa ao seu marido Ragnar, que sempre a tratou como seu igual, não havendo hierarquia entre eles. Quando Ragnar partiu para explorar a Inglaterra, em vez de Lagertha ficar em Kattegat cuidando da casa e dos filhos, ela foi lutar ao seu lado, em um grande exemplo de igualdade de gênero.
Lagertha mata um estuprador
No 4º episódio da 1ª temporada, Lagertha retorna à Inglaterra com Ragnar para saquear um vilarejo. Knut (Eric Higgins), o enviado do Earl Haraldson (Gabriel Byrne) para fiscalizar a tropa de Ragnar, decide além de saquear, estuprar uma das mulheres da vila. Infelizmente, o estupro é um ato de dominação deplorável presente historicamente em muitos povos exploradores em face dos conquistados, e na cultura viking não era diferente.
Entretanto, por ser mulher, Lagertha reprovava tal ação, e quando viu o que Knut fazia interveio pela dominada inglesa, em um exemplo de sororidade. Com raiva, Knut então decide estuprar Lagertha, o que foi uma péssima ideia para ele. Guerreira experiente, Lagertha acaba o matando.
Lagertha não aceita a traição de Ragnar
No final da 1ª temporada, Lagertha sofreu um aborto espontâneo. Foi um momento de vulnerabilidade para a personagem, quando ela mais precisava do apoio de Ragnar. Foi neste contexto que ele a traiu com a Princesa Aslaug (Alyssa Sutherland), engravidando-a. Ragnar se viu responsável pela criança que Aslaug carregava e decidiu assumi-la, de modo que passaria então a ter duas esposas.
Apesar de Lagertha estar de luto também pela perda de sua filha Gyda (Ruby O’Leary), vítima da peste negra, ela não se submeteu à traição de Ragnar, não aceitando sua bigamia. Mesmo sem ter para onde ir, decidiu deixar Ragnar e partir de Kattegat, num grande exemplo de independência.
“Você me insultou e me humilhou. Eu não tenho escolha senão deixá-lo e me divorciar de você.”
Lagertha parte em auxílio a seu ex-marido
Na 2ª temporada da série, enquanto Ragnar estava em Wessex negociando com o Rei Ecbert (Linus Roache), Kattegat sofreu um ataque de Jarl Borg (Thorbjørn Harr). Lagertha já não morava mais no vilarejo, tendo se casado novamente com Earl Sigvard (Morten Suurballe), um abusador.
No entanto, ao saber da invasão a seu antigo lar, Lagertha demonstrou amadurecimento ao decidir movimentar soldados e partir com eles em auxílio a Ragnar e a Kattegat. Há uma inversão dos papéis que normalmente os gêneros interpretam na sociedade, uma vez que uma mulher parte em resgate de um homem que está em uma situação de fragilidade.
Após a vitória, por orgulho, Lagertha resolveu não voltar a morar em Kattegat e retornou à sua nova casa, onde sofreu sozinha as consequências de ter fugido com soldados do seu marido.
Lagertha mata seu marido abusador
Como castigo por ter fugido com seus soldados, Earl Sigvard ordena que homens batam (e possivelmente estuprem) Lagertha. Para causá-la ainda mais humilhação, ele decide abusar dela na frente de todos. Num ataque de ira, Lagertha dá um basta à situação, matando-o. Quer representação maior de empoderamento que matar seu abusador?
Lagertha mata o usurpador de seu trono
Após ter assassinado seu marido, Lagertha se estabeleceu como Earl. Porém, enquanto estava na batalha por Paris, Kalf (Ben Robson) usurpou o poder e se intitulou Earl em seu lugar.
Após Lagertha retornar de Paris, Kalf decide anunciar para seus subordinados que ele e Lagertha governarão juntos, e a pede em casamento. Entretanto, dividir o poder que antes foi só seu não estava nos planos de Lagertha, que resolve matar Kalf no dia de seu casamento.
Lagertha mata a Rainha Auslag
Depois de tantas demonstrações de feminismo e empoderamento, Lagertha parece ter perdido um pouco de seus princípios no final da 4ª temporada, causando certa inconsistência à personagem.
Após ter demonstrado independência e se tornado Earl de Hedeby, Lagertha resolve retornar a Kattegat e usurpar o trono de Auslag (Alyssa Sutherland). Auslag então renuncia à coroa em favor de Lagertha e pede apenas passagem segura para que ela partisse de Kattegat. Entretanto, numa atitude inconsistente com a personagem, Lagertha mata sua rival porque ela lhe roubou Ragnar e seu lar. Matar uma outra mulher por causa de homem? Onde está a sororidade presente na primeira temporada, em que Lagertha tentou impedir um estupro?
“Nunca poderei perdoá-la por ter roubado meu marido e meu mundo.”
Lagertha tem escravas
Em outra atitude condizente com o contexto dominador viking, mas incoerente com a construção da personagem, Lagertha possui escravas mulheres. Uma delas, Margrethe (Ida Nielsen), é usada como escrava sexual dos quatro filhos de Ragnar com Auslag, até que Ubbe (Jordan Patrick Smith), num ato de insubordinação, a liberta e se casa com ela.
Lagertha é um exemplo de mulher empoderada, que possui um exército composto majoritariamente por mulheres e que tem conselheiras do sexo feminino. Neste contexto, parece inconsistente que ela apoiaria a escravidão de outras mulheres. Seria mais interessante para ela libertar as escravas e designar funções a cada uma, para que trabalhassem como mulheres livres.
Apesar dos deslizes cometidos na 4ª temporada, Lagertha ainda parece ser um bom exemplo de mulher forte e empoderada. Talvez ela não seja necessariamente feminista, mas possui ambições para si própria. E numa sociedade predominantemente machista, ver uma mulher insubordinada, determinada e ambiciosa já conta como uma pequena vitória.
E você, acha que Lagertha é feminista? Acredita que a transformação de seu caráter se deu porque a série tentou agradar aos fãs? Não se esqueça de comentar! 🙂
E se você está buscando um resumo da 5º temporada, para relembrar os principais acontecimentos antes de começar a assistir a 6ª e última temporada de Vikings, assista nosso vídeo abaixo:
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Primeiramente, essa série é sobre um contexto histórico, naquela época as coisas eram assim mesmo, e o produtor não poderia fugir disso sem inventar uma história fictícia. Segundo ponto é que, não sou feminista e acredito no empoderamento feminino ao mesmo nível que um homem tem, portanto acho um pouco infantil demais definir qualquer mulher como feminista por querer o mesmo. Querer crescer e ser melhor a cada dia, priorizando sua felicidade e lutando pelas suas vontades não é mérito exclusivo de feminismo, deveria ser de todas as pessoas do mundo inteiro. Mulheres e homens que não dão o braço a torcer pelo seu bem, mas não diminuem um ao outro, trabalham juntos e merecendo as coisas pelo próprio mérito, ajudando uns aos outros sem pensar individualmente nas “manas” e os “machos” que se explodam ou vice e versa. Acho uma teoria falha. Portanto é errôneo demais achar que alguém defende os seus ideais por querer ser feliz e dona do próprio nariz.
Filha isso tudo que vc disse é o feminismo..pq vc tem tanto medo de uma palavra?feminismo é igualar a mulher só homem,ninguém superior a ninguém
Igualar-se aos homens é um tremendo de um machismo, como se isso fosse necessário para se ter algum valor. Mulheres e homens são essencialmente diferentes, o que não quer dizer que não valham o mesmo e não possam fazer as mesmas coisas. Mas nessa obsessão machista por igualar-se, inclusive nas merdas que eles “conquistaram”, como ser viciado, promíscuo e violento, é que a palavra feminismo passou a inspirar não medo, e sim nojo, de modo que mulheres que almejam autonomia passam a rejeitar esse rótulo.
Em tempo, sim, se uma mulher quiser, assim como um homem, pode ser viciada, promíscua e violenta, assim como podem ambos beber a água do tietê ou tacar fogo no próprio cabelo. Só me pergunto é o porquê de alguém precisar disto.
Mulheres e homens são essencialmente diferentes e achar que precisamos nos igualar para ter valor não passa do mais rasteiro machismo. É essa obsessão em igualar-se, inclusive nas merdas que os homens “conquistaram” como ser viciado, promíscuo ou violento, que provoca não medo, mas nojo do que a palavra feminismo se tornou depois de ser apropriado por uma horda de desajustadas e que por isso é repelida por mulheres que querem simplesmente seguir com suas vidas e seus objetivos sem prestar contas a ninguém que queira nos instrumentalizar e regular o que fazemos, pensamos e sentimos, sejam “machos brancos” ou fêmeas histéricas de qualquer cor.
Em tempo, tanto homens quanto mulheres podem se quiserem ser viciados, promíscuos ou violentos, bem como beber a água do vaso ou tacar fogo no próprio cabelo. Eu só me pergunto é por que alguém precisa disso para se achar resolvido.
Gostaria de ver sua resposta hehe
Considero Lagherta extraordinária. Ela sempre teve sororidade e nunca foi forçado. Ela decidiu ajudar o homem que ama (que-que-tem), ela se garante pra isso é se considera e é livre para suas escolhas. Não matou a esposa de Ragnar por ele apenas mas por tudo que foi tomado dela, E A CULPA FOI DELE, mas não vi nenhua empatia da oslov (não sei como escreve kkkk) desde o começo, considerei ela mal intencionada. Por fim, tanto uma qto outra são humanas, impossível ter sororidade o tempo todo e olha que como feminista me orgulho muito dela. Ela é uma mulher que precisa se defender, as circunstâncias da vida dela a posicionaram a isso. Tipo a Cersei Lennister
Cersei Lannister está longe de ser feminista.. a mesma apenas tem uma busca incansável por poder, mas ela SEMPRE se posiciona de forma misógina, inclusive se lamenta por ser mulher. Ela é uma mulher ambiciosa, apenas.. e extremamente misógina. Tá longe de qualquer aspecto feminista. Entre as personagens de GOT, acredito que só Daenerys pode ser considerada, a mesma busca se rodear de mulheres e protegê-las (embora também possua conselheiros homens). Até a própria Arya é altamente misógina e despreza mulheres, considerando elas fracas por serem diferentes dela.
Fico me perguntando você sabe é feminismo? Vou da uma diga foi no tempo que mulheres tinham menos voz que hoje, não podiam trabalhar, não podiam votar, não tinha leis específicas para nos foi luta de mulheres, para dar direitos a nós. Quando muitas mulheres pobres conseguiam trabalhos em fábrica recebiam menos que homens, além de estupros que acontecia nesses lugares além de trabalhos horas e horas, começou mulheres se reunindo querendo direitos, os homens não procuravam direitos das mulheres elas sofriam nessas condições, se podemos trabalhar, votar de graças a essas mulheres, as em todas épocas existiram mulheres alienadas não dando valor as feministas.
Eu achava maravilhoso o feminismo e sororidade demonstrados por ela até a terceira temporada. Na quarta todas as suas escolhas são totalmente inconsistentes e incoerentes com a personagem construída, ela e Aslaug se admiravam, de repente do nada Lagertha se convence de que ela é uma bruxa e merece ser assassinada pelas costas por causa de um homem de que ela se separou mil anos atrás??? Não faz o menor sentido, fico triste com a mudança abrupta da direção e mais triste ainda em ver que as pessoas nem percebem isso e acham perfeitamente natural porque sei lá, “a Aslaug era chata”. Obrigada por este artigo. <3
Amora, também acho que faltou muita sororidade em Lagertha quando ela mata Aslaug, e isso destoou muito da personagem que estava sendo construída..que bom que você gostou do artigo! ^^
Deve ser porque ela é uma vikking que se preocupa com sua própria vida e não em abanar bandeirinhas com palavras que nem existiam há mil anos atrás. Tomou-lhe o reino? Sangra. Tomou-lhe o homem? Fura. Simples assim. Que horrível deve ser a vida de quem acha que o relacionamento de quem teve filhos juntos e construía uma vida em comum vale menos do que a identificação abstrata com alguém do mesmo sexo e que ainda por cima lhe passou uma rasteira no maior maucaratismo, a menos que emprenhar pra pegar homem sacaneando outra mulher como fez a Aslaug tenha sido elevado a grande conquista do feminismo pós moderno. Mas no ano 800 era coisa de vagaba, mesmo, do tipo que mal vale a flecha.
Foi paia de mais ela atirar pelas costas na aslaug.
Quanta bobagem. Ela não é uma “feminista empoderada” ou qualquer outro clichê vazio. É uma guerreira viking de seu tempo, que não leva desaforo pra casa. Matar a piranha que lhe roubou o homem emprenhando é consistente com ter matado todos os outros da lista. E ter escravos de todos os sexos ou idades era a ordem natural das coisas.
Vocês confundem tudo por preconceito ao que hoje é intitulado “feminismo”. Feminismo é a IGUALDADE entre homens e mulheres, e não no sentido biológico porque isso é ridículo. É a busca por igualdade sim, de ter as mesmas oportunidades, de não ter sua capacidade questionada em trabalhos que antes eram essencialmente executados por homens, de não ter sua inteligência questionada por ser mulher. Isso é feminismo sim, queiram vocês ou não. A escolha de ser feminista ou não cabe a cada uma, mas o simples ato de poder escolher é conquista das feministas que hoje tanta gente abomina. O fato de escolher que vai ser dona de casa, sem ninguém te impôr isso, é conquista das feministas. Da mesma forma, escolher ser independente dos pais e de marido, e trabalhar pelo seu próprio sustento, era coisa de “mulher da vida” num passado bem próximo de nós. E hoje é coisa de mulher digna, graças ao empenho de tantas mulheres. Escolher casar, escolher não casar; escolher trabalhar, escolher não trabalhar; escolher se dedicar à casa e aos filhos, escolher ser independente disso… todas essas ESCOLHAS são válidas, desde que ninguém te imponha, e isso é conquista do feminismo, gostem vocês ou não.
Sobre Lagertha, não sei se acho inconsistência. A cultura viking era dominadora, e mesmo sendo mulher e possuindo escravas mulheres, está aí apenas um retrato da dominação meramente cultural, e não de sexo. As escravas a serviam por serem de outra cultura, e não pela condição feminina, então não sei se vejo inconsistência aí, considerando a cultura dela. Óbvio que no tempo atual há, sim, problemas em relação a subjugar outra mulher, mas no contexto da série, não acredito que seja incongruente.
Quanto a matar a rainha, fico dividia. É fácil demais pedir sororidade quando a Auslug não teve qualquer respeito pela Lagertha. Ela realmente destruiu a vida que a Lagertha conhecia, e pra qualquer pessoa isso é muito difícil. Lagertha sofreu muito depois disso, e saber que há, sim, um culpado na história, promove a busca natural pela vingança. Mas acho que Ragnar foi tão culpado quanto a rainha, motivo que torna o assassinato dela meio inconsistente, sim. Posso precisar amadurecer, mas nunca gostei do rumo da série depois que Auslug entrou em cena, então não consigo olhar essa questão como um problema.
queria saber se ela fica com Ragner? é lindo a química que eles tem
só se for em Valhala rsrsrs
Só se for em Valhalla
Se tem uma coisa que me irrita profundamente entre as feministas é essa insistência em passar pano pra amante. Acho um absurdo.
Ficar com o marido de outra mulher e ainda ir atrás para humilha-la publicamente e destruir sua vida familiar da forma como fez Auslaug é uma atitude baixa e desprezível. Completa falta de sororidade.
E sororidade é a espinha dorsal do feminismo.
A vingança de Lagertha nesse sentido não se resume ao marido tomado: Auslaug chegou grávida exatamente para criar uma situação irreconciliável, desmoralizando Lagertha e aproveitando-se do momento extremamente difícil para ela que acabara de perder 2 filhos, forçando assim a separação do casal e tomando seu lugar não só como esposa mas como líder naquela comunidade. Ela foi ainda mais perversa que Ragnar nesse sentido embora ambos sejam igualmente culpados.
E quando Ragnar flerta com uma serviçal ela se mostra indignada ou seja, tinha plena consciência do mal que fez a Lagertha.
Pra mim foi só mais um momento de força e superioridade da personagem.
Achei a flechinha bem boba inclusive. Ela merecia algo pior.
Perfeita sua resolução
Sobre Lagertha ter matado aslaug, é uma atitude que homens fariam entre si e aslaug não foi nada solicita com Lagertha ela é um ícone feminista mas não é trouxa, antes de mulheres elas são humanas. Vacilou com a Lagertha ela mata, fez isso com vários homens durante a série. Além disso, achei q ela foi uma dama quando o Ragnar traiu ela, ela brigou c o Ragnar e em momento algum foi sequer grossa c a Aslaug, respeitando a posição dela.
A série é fantástica. Eu choro de saudade!!!
Foda que ela deixa e se divorcia de Ragnar quando ele a trai com Auslag, porém a mesma já tinha traído Ragnar com o próprio Rollo muito antes disso, inclusive tem um filho, Bjorn, com o cunhado, porra Lagertha.
Kkkkkkk
Tudo muito engraçado aqui…
Acontece simplesmente que o diretor tenta conciliar a realidade dos fatos da época com a ficção e criar uma história bacana pra TV, só isso.
Naquela época, as mulheres lutavam como homens mesmo, normal, não tinha esse negócio de sexo frágil não.
Ragnar se casou com uma princesa e também com a Lagertha, a forma como isso aconteceu foi bem diferente do que o filme mostra, a forma como se separaram também, o que importa… Ele colocou uma ficção poética pra agradar aos telespectadores e a história ficou mais bacana. O irmão Rollo… Nem eram irmãos na verdade nem se conheceram na vida real. Estudem a história e imaginem como diretor tentou encaixar essas coisas e produzir a estória do jeito que está rolando e vocês vão valorizar mais. E parem com essa estória de feminino também porque isso não se encaixava de forma alguma naquele século e naquele povo. Eram TODOS fortes e ponto.
Feminino entre vikings??
Kkkkkk
Pesquise sobre sororidade seletiva e verás que não tem nada a ver com esse conceito deturpado de proteger mulheres acima da sua própria sanidade mental, independente das merdas que elas fazem. Não tem nada a ver sobre não ter sororidade com uma mulher que te infligiu um mal. Mulheres também são escrotas. Cobrar sororidade de uma personagem que sofreu tudo que ela sofreu, nessa altura, é desconsiderar que mulheres também são seres humanos que precisam se autopreservar, que erram nas suas escolhas ou são levadas a ações apaixonadas.
Se você tá esperando que a personagem seja um pilar de moralidade feminista e chama ela de incoerente quando faz algo que vc não considera feminista, então você tá não mais do que exigindo a mesma perfeição que o patriarcado exige de uma mulher constantemente. Tá exigindo que ela passe por cima de suas emoções e que não seja a ela dado o direito de erro ou deslize.
Não acho nada incoerente as atitudes da personagem, acho humano, faz com que ela tenha inúmeras camadas como qualquer mulher tem.
Esse ideal de sororidade disseminado por um feminismo liberal é uma completa deturpação e equívoco.
Nem toda mulher merece a tua sororidade simplesmente por ser mulher.
Seria errado é se ela tivesse perdoado o marido e culpado a mulher exclusivamente, o que não fez.
Mas levando em consideração a série necessariamente a época da História… Conceito de feminismo e sororidade nem sequer existem aqui como o que entendemos hoje, é outra coisa.
É basicamente uma mulher que é ética perante suas crenças e defende o que acha justo e sua própria sobrevivência. E sim, isso necessariamente pode ser entendido como a raiz do feminismo sim, mas só isso não justifica exigência de uma “coerência feminista” utópica.
O MELHOR COMENTÁRIOOOO! Eu estava indo comentar exatamente isso. Gente mulheres não tem aço correndo nas veias não. A Aslaug foi muito escrota, até a maneira que ela chegou foi afrontosa, na hora que a Lagertha se dispõe a alimentar ela pq a viagem foi longa ela responde
“Obrigada, vc é gentil, sabia que seria.” o jeito que ela fala é um tom tipo “sabia que vc seria gentil, afinal até seu marido vc me emprestou” até eu de fora da situação tive vontade de estapear aquela ordinária. E durante a série fica bem claro a inveja da Aslaug em cima da Lagertha, elas se tratavam bem, começaram a serem estúpidas por culpa da Aslaug , pois no dia que o Bjorn, Ubbe e Hvitserk vão invadir a Espanha a Lagertha tenta puxar assunto com a Aslaug falando que elas deviam fazer um sacrifício juntas, ai a Aslaug responde toda cuzona “A Rainha sou Eu!”, foi aí que começaram as duas a perder a classe. E no dia que a Lagertha mata a Aslaug ela tenta humilhar a Lagertha mais uma vez, joga a espada no chão super afrontosa, e depois fala tipo “vc so vai reinar pq eu deixei”. Enfim ela é babaca sim, naquela época eram assim as coisas. Vcs tem que parar de assistir as coisas tentando encaixar no mundo de hoje e na cultura de vcs. Não tive dó da Lagertha matar ela, mas tive pena da maneira que ela se tornou amarga pelos maus tratos do Ragnar. E sejamos sinceras, nós tambem ja fomos trouxas por causa de macho. Eu vivi um relacionamento abusivo simplesmente pq eu amava! A Largertha fez o que fez simplesmente pq amava o Ragnar. O amor mexe com a gente sim, deixa de hipocrisia, a gente aprende a não ser trouxa é sendo trouxa ksksksk. Estão julgando esse erro da Lagertha igual julgaram a Daenerys em GOT. A mulher foi foda, poderosa, imponderada por 6 temporadas e aí pq ela fez uma cagada na sétima ja deixaram de admirar? Matou os Tarly, foi errado para os nossos padrões atuais, mas naquela época e naquela cultura não tinha isso de compaixão não. E quando ela queimou Kings Landing foi errado porém comprensível, Ela tava sofrendo, ela perdeu todos que amava, viu a amiga morrer na frente dela, sem necessidade alguma, simplesmente por maldade da Cersei, perdeu o Jorah, perdeu 2 dragões que pra ela eram filhos.. Tudo isso em uma jornada para retomar um reino que era dela, ela tinha todo direito. e Qdo chega lá geral rejeita ela, preferem até a tirana da Cersei do que ela… claro que ela acabou perdendo a razão, é normal, ninguém é forte o tempo todo. Ela se viu em uma situação onde tudo pelo que ela sempre lutou foi tirado dela. A vida dela perdeu o sentido ali. Foi errado, mas durante a série teve mais acertos que erros.
Infelizmente a quinta temporada foi difícil de chegar até o final.
A descaracterização da Lagertha ficou triste no final da quinta para a sexta.
Era a personagem que mais gostava, tanto que nem me importei com a morte do Ragnar.
Mas o que fizeram com a personagem dela na sexta foi de puro mau gosto.
“Ah mas eles estão seguindo a lenda histórica” o próprio criador já deixou claro que não tem mais um material para se basear. E para ter uma idéia, Ragnar Lothbrok teria que durar uma temporada.
Mas foi o personagem que conquistou atenção dos fãs e seguiram até a quarta.
Achei a temporada de idas e vindas que não chegavam a lugar nenhum até que no último episódio resolveram entregar oq deveria ter feito no episódio nove.
Não consegui seguir a sexta porque a quinta foi arrastado demais e com escrevi antes, a descaracterização da Lagertha foi uma falta de respeito.
Vocês viajam demais KKK. Feminismo Vicking, sério?
Pedir empatia pra Auslag é fod* né? Aquela mulher primeiramente nunca teve empatia com ela, ferrou com vida dela, e acho que até demorou demais pra ter o que merecia